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Governador defende que aluno com ‘condições’ pague mensalidade em universidade pública

Rui Costa: 'uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade?'

Redação Integrada com informações do jornal Correio

O governador da Bahia, Rui Costa, afirmou que a cobrança de mensalidade nas universidades públicas de alunos que tenham condição de pagá-la não deve ser tratada como um tabu. 

A declaração foi dada durante um encontro com jornalistas, na tarde de segunda-feira (20), quase uma semana após os protestos de professores e estudantes contra o presidente Jair Bolsonaro, diante dos cortes no orçamento de universidades federais.

A Universidade Federal da Bahia (Ufba) foi um dos alvos iniciais do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que afirmou ter identificado na instituição “atos de balbúrdia”.

Segundo Rui, a adoção de novas formas de financiamento dessas instituições, com parcerias com a iniciativa privada e cobrança de mensalidade de estudantes de alta renda, deve ser discutida. “Uma família que pagou educação privada a vida inteira não tem condições de contribuir com a universidade?”, afirmou governador.

Esquerda - Apesar de defender a ideia, Rui reconheceu que o tema deve encontrar resistência dentro do PT e de setores aliados na própria esquerda, os quais, historicamente, defendem a educação superior pública e gratuita.

“Quem é contra não é contra que o rico pague. Mas tem um discurso de que seria o início de uma privatização, que o passo seguinte seria cobrar de todo mundo. Não necessariamente é assim”, observou o governador, que, apesar da defesa, reconhece a impossibilidade de debate sobre o financiamento das universidades.

Na semana passada, Bolsonaro chamou professores e estudantes que foram às ruas protestar contra os cortes na Educação de “idiotas úteis”, gerando reações.

Assim como Bolsonaro, Rui também é alvo de protestos da comunidade universitária da Bahia. Os professores das universidades estaduais estão em greve há mais de um mês e reclamam de cortes no orçamento.

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