'Foi para salvar a minha vida', diz esposa de policial que o matou a tiros

Se entregou à polícia, na última segunda-feira (10), a acusada de matar o policial aposentado Ademir Marques Pestana, de 56 anos. De acordo com informações do Metrópoles, a mulher estava foragida desde o dia 04 de maio, quando fugiu por ter matado o marido a tiros em São Paulo.

Em depoimento, ela admitiu ter matado a vítima e afirmou que o fez para salvar a própria vida. Boletins de ocorrência contra o homem por violência doméstica já haviam sido registrados. "Compareci com ela à delegacia. Anexamos todos os boletins já registrados por violência doméstica ao processo e acompanharei o andamento com o Ministério Público e a Justiça", informou o advogado da acusada, Ronaldo Evangelista, afirmando ainda que ela chegou a ser presa temporariamente, mas acabou sendo liberada na quarta-feira (12).

"No dia dos fatos, discutimos, ele pegou a arma para me ameaçar e foi tudo muito rápido. Se eu te disser como consegui pegar a arma da mão dele, racionalmente, não consigo explicar", disse ela em uma entrevista ao G1. Ainda de acordo com a mulher, ele já havia a ameaçado outras vezes com martelo e faca e, dessa vez, ela só pensou em se defender. "Foi o instinto de salvar a minha vida. Me doeu, porque ele era o pai das minhas filhas, vivi muitos anos com ele. Foram dias muito difíceis para mim", contou.

Ela também afirma que primeiro o homem apontou a arma para ela e, com isso, ela decidiu ir para cima dele e conseguiu pegar o revólver. "Eu sabia que se ele pegasse a arma, era eu quem morreria. Eu só pensava em segurar a arma para ninguém se machucar. O primeiro tiro, eu nem vi que o atingiu, porque ele continuou vindo para cima de mim. É duro você optar por viver e se defender, e ainda poder pagar por isso. Quando fugi, tinha a intenção de me apresnetar, mas, ao mesmo tempo, o medo de deixar minhas filhas".