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Esconderijo do assassino Paulo Cupertino é descoberto pela polícia

Ele matou o ator Rafael Miguel e esteve em fazenda na cidade de Liberação, no Paraguai

Redação Integrada (Com informações do R7)

Um imóvel usado como esconderijo por Paulo Cupertino, assassino do ator Rafael Miguel, foi descoberto pela polícia, na zona rural da cidade de Liberação, no Paraguai, a três horas da capital Assunção. Testemunhas disseram que Cupertino, foragido há mais de um ano, teria passado cerca de 15 dias no local. O local descoberto seria a casa de um fazendeiro brasileiro que teria dado abrigo a ele, mas o criminoso já não estava mais lá na chegada da polícia. Ele é um dos mais procurados da Polícia Civil de São Paulo.

O crime ocorreu no dia 9 de junho de 2019, na Estrada do Alvarenga, na região de Pedreira, zona sul de São Paulo. O ator Rafael Henrique Miguel, de 22 anos, e os pais do rapaz, João Alcisio Miguel, de 52 anos, e Miriam Selma Miguel, de 50 anos, morreram baleados.

Os três foram até a casa da namorada de Rafel, Isabela Tibcherani, conversar com o pai dela, Paulo Cupertino, sobre o namoro. A família foi recebida pela jovem e por sua mãe. Quando Cupertino chegou ao local, armado, atirou nas três vítimas que estavam no portão da casa. Dos 13 tiros, sete acertaram Rafael. O pai do rapaz foi atingido quatro vezes e a mãe foi baleada no peito e no ombro. Os três morreram no local. Rafael era conhecido por ter interpretado o personagem Paçoca na novela Chiquititas.

Esconderijo

As investigações apontam que ele passou por pelo menos três cidades do departamento de São Pedro - Liberação é uma delas, com pouco mais de 24 mil habitantes. A descoberta ocorreu após uma denúncia feita ao programa Cidade Alerta, da Record TV, indicando que Cupertino teria se dirigido a Liberação. O denunciante dizia que ele estava em uma fazenda, trabalhando com plantação de soja.

Policiais paraguaios tinham uma ordem de busca e apreensão para cumprir no imóvel. Eles abordaram o fazendeiro Julci Kuschel quando saía de casa em uma caminhonete. No momento em que foi abordado pela polícia, o fazendeiro ficou muito exaltado, disse que não sabia onde estava o foragido e permitiu que apenas um agente paraguaio vistoriasse a residência, que ficou lá por cerca de 20 minutos. Na saída, disse que não encontrou ninguém. O fazendeiro é natural do Rio Grande do Sul, mora no Paraguai há cerca de 35 anos e possui outras propriedades no departamento de São Pedro.

Posteriormente, ao ser procurado diretamente pelo diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo, Fabio Pinheiro Lopes, o fazendeiro mudou de versão, dizendo que, se Cupertino esteve na fazenda, ele não ficou sabendo. A polícia acredita que Kuschel esteja acobertando Cupertino e apura se é dele o avião que transportou o foragido de Mato Grosso do Sul até o Paraguai. O piloto, Alfonso Helfenstein, com quem Cupertino fugiu de MS, seria funcionário dele.

Foragido por tráfico de drogas, Alfonso é dono do sítio onde Cupertino ficou escondido durante 15 meses. Julci disse aos policiais que conhece Alfonso, mas que há seis meses não tem contato com ele. A informação foi negada por moradores da cidade. Uma mulher que conhece de perto o fazendeiro disse à Record TV que, pouco antes da polícia chegar, Alfonso esteve na casa e que os dois são muito próximos.

Do fim de outubro ao início de novembro, a polícia percorreu ao menos 12 cidades do Mato Grosso do Sul e do Paraná - algumas na fronteira do Brasil com o Paraguai. De acordo com investigadores, nesta época, Cupertino havia fugido de um sítio onde estava escondido na cidade de Eldorado, no Mato Grosso do Sul. A polícia brasileira emitiu um alerta para a polícia paraguaia e a fronteira com o país vizinho estava sendo monitorada.

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