Empresário é preso por vender carne de cavalo como se fosse bovina
Homem também comercializava javali como se fosse carne suína
Um empresário foi preso suspeito de vender carnes de cavalo e javali como se fossem bovinas e suínas, respectivamente. Ele foi detido nesta terça-feira (16), em Tubarão, a 142 quilômetros de Florianópolis (SC), e o açougue onde ele trabalhava foi interditado. Além do empresário, a 2ª Vara Criminal de Tubarão determinou que a sócia-proprietária do estabelecimento, esposa do suspeito, também se abstenha de exercer a atividade.
O caso foi descoberto após a Polícia Civil flagrar, no ano passado, um abatedouro clandestino de cavalos em Imaruí, a 75 quilômetros de Tubarão. A investigação apurou indícios de que o local era mantido pelo empresário preso para abastecer o próprio açougue. Na ação no abatedouro, a polícia prendeu dois homens. Eles confessaram que encaminhavam as carnes para o estabelecimento em Tubarão.
Amostras dos produtos vendidos no estabelecimento foram encaminhadas para a perícia, que constatou a existência de carnes de cavalo e de javali. Os peritos confirmaram a fraude por meio de sequenciamento genético.
O exame pericial apontou carne de cavalo na comercializada como bovina moída e a de javali nas linguiças vendidas como suínas. O casal dono do açougue poderá responder, segundo a Polícia Civil, por receptação qualificada e crimes de ordens de consumo e podem ser condenados de sete a 18 anos de prisão.
Em diligência anterior no estabelecimento, a Polícia Civil já havia constatado uma série de irregularidades, como armazenamento de carnes estragadas com outras a serem comercializadas, peças inteiras e moídas sem identificação de procedência, além de precária higiene no local, o que causava forte odor pútrido.