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Empresária desmaia após ser xingada e levar tapas de PM na rua

A mulher disse que foi agredida porque estava filmando o marido ser preso

Luciana Carvalho

Na manhã desta segunda-feira (19), uma empresária de 35 anos desmaiou após levar tapas de um policial militar da Companhia de Policiamento Especializado (CPE). As imagens mostram um tumulto perto da mulher, que leva um tapa e cai logo em seguida. As informações são do portal G1 Goiás.

A vítima disse que a confusão começou porque o marido dela, que trabalha com a venda de verduras, foi ao Ceasa, em Anápolis, a 55 km de Goiânia, cobrar uma dívida de cerca de R$ 20 mil. O homem falou que subiu na cabine do caminhão do devedor para cobrá-lo. O casal, que preferiu não se identificar, afirmou que o devedor resolveu chamar a polícia

A mulher disse que foi agredida porque estava filmando o marido ser preso, e que o PM tomou o celular dela para apagar o vídeo. “Eu falei que ele não podia fazer aquilo. Aí ele falou: ‘quem te falou que eu não posso? Eu posso sim’, e me xingou de vários nomes. O outro policial mandou eu ficar na minha e calar a boca. Eu falei que estava certa e ele não podia pegar meu telefone. Aí ele falou que se eu não calasse a boca ia dar um tapa na minha cara, e ele deu dois”, explicou a mulher. Veja:


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“O segundo tapa foi muito forte, acabei caindo, acordei meio tonta sem saber o que estava acontecendo e com dor de cabeça”, acrescentou a vítima.

O marido da vítima foi encaminhado à delegacia. Por conta da briga, o homem prestou depoimento e pode responder por desacato.

Em nota, a PM informou que não compactua com tal desvio de conduta, que determinou a abertura de um Inquérito Policial Militar (IPM) e que afastou o policial militar da função operacional até o final da apuração.

A Polícia Civil disse que, como o crime aconteceu com o policial em serviço, o inquérito deve transcorrer na Polícia Militar, por se tratar de um crime militar.

Revoltada, a empresária lamentou a agressão que sofreu e disse ainda que está traumatizada depois do que aconteceu. “Ele não poderia ter feito isso, ainda mais por eu ser mulher. Eu errei em ter falado, mas ele errou muito mais em me dar o tapa. Eu estava em meio a situação apavorada, meu esposo sendo preso como um bandido, mas ele é um trabalhador que estava em busca de receber uma dívida”, desabafou.

(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Keila Ferreira, Coordenadora do Núcleo de Política).

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