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🏳️‍🌈 Dia do Orgulho: entenda a origem e importância da data celebrada nesta quarta

Movimento começou a partir da manifestação conhecida como “Revolta de Stonewall”, que iniciou em 28 de junho de 1969, e tornou-se símbolo de luta e resistência entre a comunidade

Juliana Maia

Nesta quarta-feira (28), é comemorado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, uma forma de celebrar a existência e as conquistas da população LGBTQIAPN+, além de conscientizar a sociedade sobre a necessidade de segurança destas pessoas diante do preconceito que ainda existente ao redor do mundo. A data faz referência ao movimento conhecido como "Revolta de Stonewall", quando membros da comunidade foram às ruas de Nova York, nos Estados Unidos, em 1969, protestar pelos seus direitos e demonstrando orgulho em ser quem eram.

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Após a invasão, frequentadores do estabelecimento foram às ruas próximas ao bar, afirmando sentirem orgulho em integrar a comunidade LGBTQIA+ e pedindo justiça pela agressão sofrida por muitas pessoas que foram ao local na noite anterior.

As manifestações conhecidas como "Revolta de Stonewall" seguiram por seis dias, mobilizando pessoas em outros pontos da cidade, o que aumentou a visibilidade para àquelas pessoas, que sofriam com o preconceito constante na sociedade. A partir deste movimento, o ato corajoso impulsionou outros protestos que ocorreram nos anos seguintes, como a primeira marcha do Orgulho Gay, em 1970, e as paradas do orgulho, que existem até hoje.

Importância do Dia do Orgulho

Anna Mello, 23, é lésbica e passou a entender sua sexualidade durante a adolescência, em 2014. Para ela, a vida melhorou a partir do momento em que começou a lidar de forma positiva com a descoberta e se autoaceitar, apesar de ter enfrentado episódios de homofobia ao longo dos anos.

Segundo a estudante, que atualmente cursa Publicidade e Propaganda, o Dia do Orgulho é uma forma de dar voz à comunidade. Segundo Anna, mesmo com a descriminalização da homofobia, pessoas LGBTQIA+ ainda são frequentemente silenciadas e marginalizadas.

"Nesse mês e dia, não só neles, precisamos colocar em pauta todos os problemas e dificuldades que pessoas LGBTQIA+ enfrentam. Dar visibilidade a nós, oportunidades e melhores condições de vida para aqueles que não conseguem. É preciso dar suporte a todos que sofrem diariamente a homofobia e a exclusão na sociedade inteira", conta a estudante.

Atualmente, Anna namora Bruna Alves, de 25 anos, com quem mantém uma relação tranquila há quase dois anos e pensa em construir uma família futuramente. Apesar das dificuldades que podem surgir, com o preconceito ainda existente, a estudante quer viver ao lado de Bruna e espera que, futuramente, a homofobia seja esquecida da sociedade.

"Para o futuro, penso muito em filhos e ela também, porém a gente sabe que até lá a caminhada não vai ser fácil. Ainda temos muita coisa para viver, mas no futuro pretendemos, sim. Mesmo com toda a insegurança e medo de preconceito, acredito que daqui a uns anos as coisas estejam melhor e não exista mais tanto preconceito", diz Anna.

(*Juliana Maia, estagiária sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora de OLiberal.com)

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