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Deputado é preso sob acusação de mandar sequestrar jornalista da Record

Dois coronéis e um sargento da PM também foram presos por suspeita de envolvimento no crime

O Liberal

Um caso que ganhou grande repercussão em Boa Vista (RR) no ano passado ganhou mais um capítulo esta semana. O sequestro e tortura do jornalista Romano dos Anjos, da TV Imperial, afiliada da Record em Roraima, teve um desdobramento nesta sexta-feira, 1º, por conta da prisão, em caráter preventivo, do deputado estadual Jalser Renier (Solidariedade), apontado como o mandante do crime. As informações são do portal UOL.

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Depois de ter sido agredido a pauladas e abandonado pelos bandidos, Romano conseguiu tirar a venda dos olhos com o braço e soltar os pés. Mesmo ferido e com o braço quebrado, ele conseguiu andar e foi encontrado por um funcionário da Roraima Energia na manhã do dia 27. A polícia foi acionada e fez a escolta de Romano até o Hospital Geral de Roraima (HGR), onde recebeu atendimento médico.

Quatro dias após o sequestro, o governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), foi até a Polícia Federal pedir que a instituição investigasse o crime, afirmando que o jornalista havia citado ele e um senador no depoimento à Polícia Civil. Em 28 de janeiro, a Polícia Federal em Roraima divulgou nota à imprensa informando que pedido havia sido indeferido por não se verificar elementos que subsidiassem atribuição da corporação no caso.

O sequestro passou a ser investigado por uma força-tarefa da Polícia Civil que, no dia 16 de setembro passado, deflagrou a operação Pulitzer, na qual foram presos sete militares que trabalhavam para o deputado Jalser Renier (Solidaridade), à época presidente da Assembleia Legislativa de Roraima.

As apurações preliminares sobre o sequestro e tortura do jornalista apontaram para provável crime "motivado por vingança ou represália ao modo de atuação jornalística, tendo em vista que a vítima realizou diversos ataques e críticas ao trabalho de Renier." O inquérito apontou o parlamentar como líder de uma organização criminosa que atuava dentro da Ale/RR, com participação, em grande parte, de policiais militares conhecedores de técnicas e de inteligência policiais, todos lotados na Casa.

Em novembro, cerca de um mês após o sequestro do jornalista, Jalser Renier ameaçou o governador do estado, Antonio Denarium (PP), para que ele barrasse as investigações, informação essa confirmada pelo deputado Soldado Sampaio (PCdoB), que à época era chefe da Casa Civil de Denarium e prestou depoimento sobre a ameaça ao MPRR.

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