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Com aumento de casos, sarampo preocupa autoridades; taxa de transmissão é maior que a da covid-19

Em todo o País, já são 13 casos confirmados e cerca de 100 suspeitos, somente este ano

O Liberal

O sarampo tem deixado autoridades de saúde do Brasil em alerta. Desde que a doença voltou aos registros oficiais, em 2019, já são mais de 40 mil pacientes e 40 mortes causadas pela queda na cobertura vacinal - metade das vítimas foram crianças abaixo de 5 anos. As informações são do Podcast O Assunto, do G1 Nacional.

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Em 2016, o Brasil chegou a receber o certificado de erradicação do sarampo. Mas agora a realidade é outra. Somente em São Paulo, por exemplo, há 25 casos suspeitos da doença, sob investigação. Em todo o País, já são 13 casos confirmados e cerca de 100 suspeitos, em 2022.

Marco Aurélio Sáfadi, presidente do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, alerta que o sarampo é altamente contagioso, entre 12 e 18. “Isso significa dizer que, para cada caso da doença, você provavelmente terá outros 12 a 18 casos de pessoas infectadas caso isso ocorra em uma população suscetível. É um número substancialmente maior que a taxa de transmissibilidade da Covid-19 em qualquer uma de suas versões”, afirma o especialista.

Como a doença chegou a ser erradicada no Brasil, Safadi, que também é professor, conta que formou "várias gerações de médicos" que nunca haviam visto um caso sequer de sarampo, e que hoje precisam de treinamento específico para diagnosticar a doença.

Para a epidemiologista Regiane de Paula, coordenadora de controle de doenças do estado de São Paulo, a baixa cobertura vacinal no país foi responsável por esse aumento nos casos de sarampo.

Sintomas

Marco Aurélio Sáfadi explica que os sintomas do sarampo se assemelham ao de uma virose e se iniciam entre 10 a 15 dias após o contágio. "Basicamente caracterizados por febre, coriza e conjuntivite, que é um uma vermelhidão dos olhos e tosse. Essa é a tríade clássica que a gente tem além da febre, que caracteriza os primeiros dias do sarampo", detalha.

Ainda de acordo com o médico, quando as manchas vermelhas aparecem pelo corpo, o paciente "já estava aproximadamente a três quatro dias transmitindo vírus a quem estava ao seu redor."

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