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Ciro Gomes anuncia renda mínima de R$ 1 mil e critica Bolsonaro e Lula no JN

O candidato apresentou a proposta de taxação de grandes fortunas para a criação de uma renda mínima de R$ 1 mil às famílias mais pobres

Enize Vididal

O candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, apresentou a proposta de taxação de grandes fortunas para a criação de uma renda mínima de R$ 1 mil às famílias mais pobres, durante a entrevista ao Jornal Nacional, na noite desta terça-feira, 23. O ex-governador do Ceará e ex-parlamentar se colocou como alternativa para a união do país com o restabelecimento de um novo pacto federativo envolvendo governadores e prefeitos para resolver a crise política e econômica do Brasil e que terá no plebiscito popular a principal ferramenta para dirimir as questões mais polêmicas do país.

Ciro Gomes foi entrevistado pelos jornalistas William Bonner e Renata Vasconcelos. Ele respondeu sobre “Vou pegar o BPC, Benefício da Prestação Continuada; a aposentadoria rural de muitos brasileiros, que remanesce porque não contribuíram no passado; o seguro desemprego; e pegar todos os programas de transferência (de renda), especialmente o novo Bolsa Família, que é o Auxílio Brasil, e transformar num direito previdenciário constitucional, ou seja, ninguém vai mais depender de político A ou B, eleição, como tá acontecendo, ameaças e tentativas de manipular o sofrimento mais humilhado do nosso povo (a fome)”.

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O valor da renda mínima de caráter permanente proposta por Ciro custará R$ 290 bilhões. E, para conseguir mantê-la, vai agregar ao recurso existente um tributo sobre grandes fortunas apenas sobre os 58 mil patrimônios que são superiores a R$ 20 milhões. “Cada super rico no Brasil vai ajudar a financiar com R$ 0,50 de cada R$ 100 a sobrevivência digna de 221 brasileiros abaixo da linha da pobreza, ou seja, aqueles domicílios em que as pessoas ganham R$ 417 ou menos por cabeça, por mês”.

Ciro respondeu sobre a polarização política entre os eleitores de Lula e Bolsonaro, e como ele pretende unificar o país. “Eu tô tentando mostrar ao povo brasileiro que essa polarização odienta, que eu não ajudei a construir, pelo contrário, eu estava lá em 2018 tentando advertir que as pessoas não podiam usar a promessa enganosa do Bolsonaro para repudiar a corrupção generalizada e o colapso econômico gravíssimo que foram produzidos pelo PT. Isso aconteceu no Brasil e, agora, está se tentando repetir uma espécie de 2018. A gente precisa repudiar isso, compreendendo, respeitando, mas temos eu ser duro, a corrupção é um flagelo no Brasil”.

Pauta ambiental 

Ao comentar a pauta ambiental, Ciro mencionou o Pará como exemplo de estado da Amazônia que está “praticamente todo desflorestado, uma parte importante do Pará é desflorestado”. Ele quer investir desenvolvimento sustentável a partir do Zoneamento Econômico Ecológico que vai definir quais atividades são autorizadas e quais são desautorizadas em unidades de conservação, terras indígenas e outros. 

“Precisamos fazer um grande trabalho de reconversão da lógica produtiva (...) fazer com que a economia rural aprenda. Aproveitar a floresta vale muito mais em pé do que derrubada, aí (vem o) reflorestamento”.


Confira as próximas entrevistas no JN:

  • 25/8 (qui): Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
  • 26/8 (sex): Simone Tebet (MDB)

*A ordem das sabatinas foi definida em sorteio. Foram convidados para as entrevistas os candidatos mais bem colocados na pesquisa eleitoral do Datafolha de 28 de julho.

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