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Cigarros eletrônicos: 46 entidades médicas se posicionam contra a legalização

Produto é proibido no Brasil, mas Associação Médica Brasileira estima que cerca de 650 mil brasileiros são usuários de cigarros eletrônicos

O Liberal
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No ano de 2009, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou resolução proibindo os chamados Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs). Ainda assim, cerca de 650 mil brasileiros são usuários de cigarros eletrônicos, segundo estimativas da Associação Médica Brasileira (AMB). Atualmente, há um processo de discussão e atualização de informações técnicas e a Anvisa está na fase da Tomada Pública de Subsídios, recebendo informações técnicas a respeito do produto. A expectativa é de que até o fim do ano haja uma decisão sobre o assunto.

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Enquanto isso, 46 entidades médicas, entre elas a AMB, têm se posicionado contra o uso dos cigarros eletrônicas. Um documento publicado na segunda-feira (9) e assinado pelas entidades alerta a população brasileira para os malefícios desses produtos, também chamados de Vapes, E-cigarros ou Pen Drives, os DEFs.

“O que a gente tem visto é que os usuários são, na maioria das vezes, jovens que nunca haviam fumado. São atraídos pelos aromas agradáveis dos cigarros eletrônicos, pelos sabores variados e por essa aura de inovação tecnológica. Nossos jovens estão sendo enganados. Cigarro eletrônico faz e mal e muito”, afirma a oncologista Paula Sampaio.

Para ela, essa consulta pública que a Anvisa está fazendo é reflexo do lobby poderoso da indústria do tabaco. “Já existem vários estudos que comprovam os malefícios do cigarro eletrônico. Para ficar apenas na nossa área, que é o câncer, já está muito claro que os DEFs causam câncer de pulmão, bexiga, esôfago e estômago”, completou.

As entidades médicas defendem que seja mantida a proibição de comercialização, importação e propaganda dos DEFs, como determina a Resolução de 2009 da ANVISA, e que a fiscalização seja efetiva. Atualmente, os cigarros eletrônicos são vendidos em todo o Brasil e na internet, apesar da proibição.

Os argumentos apresentados no documento se baseiam em mais de 20 estudos e pesquisas. De acordo com as entidades médicas, existem dispositivos eletrônicos que são mais prejudiciais à saúde até do que o cigarro convencional. Alguns possuem quantidade maior de nicotina e, portanto, causam mais dependência. Existem também dezenas de outras substâncias tóxicas nos cigarros eletrônicos que podem provocar muitas doenças graves como AVC e infarto, por exemplo. Além disso, a bateria e a resistência usadas para formar o vapor também liberam metais que acabam inalados pelo fumante, aumentando ainda mais o risco de câncer.

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