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Cigarro eletrônico ajuda a parar de fumar? Entenda os riscos do uso do dispositivo

O cigarro eletrônico está diretamente associado a uma doença pulmonar chamada Evali; confira os riscos

Paula Figueiredo
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Não é de hoje que o uso do cigarro eletrônico, também conhecido como vape, vem se popularizando entre os jovens e adultos ao redor do mundo. Existem aqueles que utilizam de maneira recreativa, que não acreditam que o dispositivo causa dependência ou faça mal a saúde. Mas também tem aqueles que optam pelo uso como uma forma de largar o vicio na nicotina, pois acreditam estarem se desvinculando do uso do cigarro convencional. Pensando nas duas vertentes de usuários, o Oliberal.com explicou como funciona o cigarro eletrônico e os riscos do seu uso. 

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Como funciona o cigarro eletrônico?

Os cigarros eletrônicos são compostos por uma lâmpada de LED, bateria, microprocessador, sensor, aromizador e cartucho de nicotina líquida. O dispositivo funciona a partir do aquecimento do líquido, que produz o vapor inalado pelos usuários. Além da nicotina, substâncias como acroleína, propilenoglicol, glicerina e aromatizantes de menta, melão, melancia e vários outros 'sabores' estão presentes nos cigarros. 

Cigarro eletrônico também causa dependência?

 De acordo com a Associação Médica Brasileira, o cigarro eletrônico também pode viciar, pois a nicotina presente no produto pode ser ainda maior que no cigarro tradicional. Além disso, o dispositivo também é usado para o consumo da maconha. 

Cigarro eletrônico ajuda a parar de fumar?

Muitas pessoas já relataram que o uso do utensílio foi fator crucial para conseguirem largar o cigarro convencional. No entanto, especialistas relatam que, os dois cigarros possuem nicotina, ou seja, é uma troca pelo outro. Eles ainda apontam que, na maioria das vezes, o fumante que opta por usar cigarro eletrônico para largar o convencional está mais propício a ter uma recaída do que aquele que largou totalmente o uso. Um levantamento do Institudo Nacional do Câncer (INCA) também demonstrou que o dispositivo é uma porta de entrada para o tabagismo, principalmente para os jovens usuários.

O cigarro eletrônico faz mal à saúde?

Segundo um estudo publicado em 2021 pela Chemical Research in Toxicology, nem mesmo os médicos conseguem dimensionar os riscos do cigarro eletrônico para a saúde, pois muitas substâncias e produtos químicos são inseridos nos utensílios e não são divulgados pelos fabricantes. Em 2019, uma doença que causa lesões pulmonares, a Evali, foi associada diretamente ao uso dos vapes. Um número alto de casos e até mesmo mortes foi registrado nos Estados Unidos, principalmente naqueles que tinham THC (princípio ativo da maconha) e nicotina. 

Os usuários também podem sofrer de hipertensão arterial, AVC, infarto ou danos cerebrais. "Esse aparelho é feito de ligas metálicas e, uma vez em contato com a boca, alguns estudos mostraram que ele libera, sim, substâncias químicas que podem ser cancerígenas. Então, não dá para dizer que ele é inofensivo", informou o diretor do INCA. 

Famosos apresentam problemas no pulmão após o uso do cigarro eletrônico

No final de 2021, o cantor Zé Neto, da dupla com Cristiano, afirmou que estava com "foco de vidro", ou seja, manchas nos pulmões que poderiam ser consequência do uso frequente dos vapes. Já recentemente, câmeras de segurança instaladas na casa do músico Lélio Guedes flagraram o momento em que um cigarro eletrônico explodiu na boca do artista. Um caso semelhante foi registrado em 2017, quando um jovem teve seu rosto queimado e ficou sem dentes após o utensilio explodir. 

(Estagiária Paula Figueiredo, sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com)

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