Celular de Cid tinha plano para anular eleição de Lula, revelou revista

Nos arquivos encontrados, ninguém do comando das Forças Armadas e nem Bolsonaro aparece dando apoio ao plano

O Liberal
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O telefone celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tinha um documento com um possível “plano de golpe” para anular a eleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022. As informações foram divulgadas com exclusividade pela revista Veja na última quinta-feira (15).

Os arquivos foram encontrados pela Polícia Federal no telefone de Cid. Mas, ninguém do alto comando das Forças Armadas e nem Bolsonaro aparece nesses documentos dando apoio ao plano.

Intitulado como “Forças Armadas como poder moderador”, o documento tem três páginas e uma lista com oito etapas para a execução do plano, sem apresentar, de fato, uma explicação de como teria apoio institucional para efetivação.  Confira:

image Detalhamento do plano (Divulgação Revista Veja)

Nela, há o pedido para a nomeação de um interventor federal; fixação de um prazo para restabelecimento da ordem Constitucional; definição da Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal como subordinadas ao interventor; suspensão de atos do Poder Judiciário e afastamento de ministros; abertura de inquérito para investigar os ministros afastados; autorização para que o interventor suspenda outros atos inconstitucionais praticados pelo Judiciário; substituição dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afastados; fixação de prazo para a realização de novas eleições.

No documento, é indicado que havia alguns militares desejando anular as eleições presidenciais do ano passado, além de destituir o Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram identificadas mensagens em que um oficial das Forças Armadas pede que Cid convença Bolsonaro a ordenar a intervenção militar, o que configura um golpe de Estado. 

Os arquivos indicam que o plano foi feito com base na tese de que, caso Jair Bolsonaro perdesse as eleições, haveria um conflito entre os poderes. Desta forma, militares seriam convocados e uma intervenção militar instaurada. 

“Entende-se que o conjunto dos fatos descritos seriam capazes de demonstrar não só uma atuação abusiva do Judiciário, mas também abuso praticado pelos maiores conglomerados de mídia brasileira, de modo a influenciar diretamente o eleitor e o resultado da eleição em favor de determinado candidato”, diz o autor de um texto encontrado com Cid, segundo compartilhou a revista Veja.

 

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