Barragem rompe e lama invade a cidade de Brumadinho, em Minas Gerais

Rejeitos atingem área administrativa da Vale e parte da comunidade da Vila Ferteco; Corpo de Bombeiros fala que há cerca de 200 desaparecidos

Reuters e agências
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O rompimento de uma barragem da mina de ferro Feijão, da Vale, na região de Brumadinho (MG), deixou vários feridos nesta sexta-feira (25), e Corpo de Bombeiros do Estado informou que há cerca de 200 desaparecidos, após uma avalanche de lama de rejeitos de mineração atingir parte da comunidade da Vila Ferteco e a área administrativa da companhia.

A operação de resgate das vítimas envolve seis helicópteros, incluindo aeronaves do Exército e da Polícia Civil, além de cerca de 50 homens do Corpo de Bombeiros. Um campo de futebol estava sendo utilizado como área de avaliação e triagem das vítimas para atendimento médico.

"As aeronaves estão resgatando inúmeras pessoas ilhadas em diversos pontos a todo momento", afirmou o Corpo de Bombeiros.

A Vale, empresa responsável pela barragem, divulgou nota. "As primeiras informações indicam que os rejeitos atingiram a área administrativa da companhia e parte da comunidade da Vila Ferteco. A Vale acionou o Corpo de Bombeiros e ativou o seu Plano de Atendimento a Emergências para Barragens", informou a empresa.

O diretor-presidente da Vale, Fabio Schvartsman, afirmou nesta sexta-feira que a empresa já contatou cerca de 100 dos 300 funcionários próprios ou terceirizados que foram atingidos pelo desabamento de um complexo de barragens em Brumadinho, em Minas Gerais, nesta sexta-feira.

Schvartsman disse ainda que empresa não sabe quantos funcionários foram soterrados pela lama da barragem, que estava em processo de descomissionamento e já não vinha recebendo rejeitos de mineração nos últimos tempos.

O executivo, que disse estar "dilacerado" pelo acidente, acrescentou que a companhia foi surpreendida com a tragédia, uma vez que os últimos testes na barragem demonstraram normalidade.

Fabio Schvartsman, postou um vídeo sobre o assunto no canal oficial da empresa no YouTube:

"Houve um significativo vazamento e certamente tem pessoas atingidas. Nós não sabemos a extensão ainda, não sabemos a causa. Mas o que eu quero dividir com vocês é a nossa consternação, nosso profundo pesar com o que aconteceu", disse o diretor-presidente da Vale, Fabio Schvartsman, à Globonews.

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Segundo a empresa, a prioridade é "preservar e proteger a vida de empregados e de integrantes da comunidade".

O comunicado não explica a causa do rompimento.

A Prefeitura de Brumadinho lançou um comunicado em sua conta no Instagram pedindo que os moradores fiquem longe do leito do Rio Paraopeba.

Leia também: Após 3 anos de rompimento de barragem, 1,8 mil pescadores estão sem auxílio no ES

Em nota, a Vale informou que já está tomando as medidas necessárias.

Leia novo comunicado:

25/1/2019 - 18h49

A Vale informa que criou um Comitê de Ajuda Humanitária, com equipe formada por assistentes sociais e psicólogos, para prestar assistência aos atingidos pelo rompimento da barragem em Brumadinho (MG).  A empresa está providenciando hospedagem aos atingidos e familiares.

O ponto de atendimento é a Estação Conhecimento de Brumadinho. Nesse local, dezenas de funcionários da empresa atuarão como voluntários na prestação de serviço de acolhimento e identificação. A Vale já está providenciando todos os recursos necessários (alimentos, água, medicamentos etc). A iniciativa conta com apoio do Sesi, de MG, que também fornecerá infraestrutura, como tendas e cadeiras.

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