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Após pagar fiança de R$ 10 mil, alunos que organizaram trote com creolina são soltos

Três dos quatro estudantes suspeitos de lesão corporal e constrangimento a calouros deixaram a prisão nesta sexta-feira

Após pagar uma fiança de R$ 10 mil cada, três dos quatro estudantes do Paraná que organizaram um trote violento com creolina deixaram a prisão nesta sexta-feira (1º). O trio será monitorado por tornozeleira eletrônica e são suspeitos de lesão corporal e constrangimento a calouros da Universidade Federal do Paraná (UFPR) de Palotina, no oeste do estado.

A Polícia Civil da cidade, que investiga a participação de mais envolvidos no trote, informou que o grupo confessou ter jogado creolina sobre o corpo dos calouros e provocado queimaduras. O trote teria sido organizado por alunos do curso de medicina veterinária como forma de receber os novos estudantes da graduação. O incidente, ocorrido na última quarta-feira (30), está sendo analisado pela universidade, que pode expulsar os alunos.

Imagens mostram como os alunos vítimas do trote ficaram, após sofrerem as queimaduras do trote aplicado em um terreno baldio em frente à universidade. Nessa sexta-feira, os jovens passaram por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal de Palotina.

A diretora do campus da UFPR em Palotina, Yara Moretto, informou que a previsão inicial da investigação é de dois meses, mas torce para que o resultado oficial saia o mais rapidamente possível. Ela disse ainda que foi aberto um processo administrativo interno para averiguar a conduta desses acadêmicos, e o que os levou a praticar o ato, que considerou indignante.

“A expulsão não está descartada, e essa é a punição mais severa da federal. Eles serão julgados, com direito à ampla defesa, e a penalidade será aplicada. Em outra frente, estamos acolhendo as vítimas e prestando apoio neste momento difícil”, concluiu.

Os quatro estudantes presos são duas meninas e dois rapazes com idades entre 21 e 23 anos. Todos foram indiciados por lesão corporal grave — pois uma das vítimas desmaiou e ficou internada por um dia — e também por constrangimento ilegal, sem direito a fiança.

Brasil