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Vítima morta por botijão era querida, diz porteiro

Irmã do homem que atirou objeto pela janela afirma que ele tem transtornos mentais e surtou

Redação Integrada com informações do Extra

O porteiro João Pereira confirmou a suspeita que temia. Ele foi até a esquina da tragédia, ocorrida nessa segunda-feira, 12, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, e percebeu que a vítima de um botijão arremessado de um apartamento era Tronco, um morador de rua querido por todos da região. A vítima, que era ambulante, foi atingida na cabeça e morreu na hora. O homem que atirou o objeto do segundo andar foi preso.

Pereira afirma que Tronco era natural da Paraíba, seu conterrâneo, da cidade Pedra de Fogo, fronteira com Pernambuco.

“Quando me falaram que teve um acidente peguei minha bicicleta para ver o que houve”, disse Pereira, com a voz embargada. “Todo dia ele ia no prédio que eu trabalho para pedir café. Hoje ele foi lá às 14h.”

A vítima tinha família no Pavão-Pavãozinho, morava nas ruas, especificamente em frente ao prédio do número 118 da Rua Conselheiro Lafayette, contou Pereira.

“Ele já morava aqui há 30 anos. Veio da Paraíba como peão de obras, mas depois de um tempo fico para trás. Não sabia ler e andava sempre mal vestido. Mas era uma pessoa muito do bem, não tinha problemas com ninguém. Chegou a trabalhar ajudando barraqueiros da praia, mas há um tempo passou a vender frutas e ficava nas ruas. Ganhava ajuda de muita gente, era querido por todos”, explicou Pereira.

Outro porteiro, Fabiano Bernardino, de um prédio próximo, disse que ouviu “um estrondo gigante e saí para a rua. Parecia que ele estava sentado do lado da banca, quando caiu o botijão. Imagina, poderia ser com qualquer um”.

Policiais militares do 19º BPM (Copacabana) fecharam a rua e prenderam Venilson da Silva Souza, que arremessou o botijão. A sua irmã do suspeito, Núbia da Silva Souza, que testemunhou o crime, disse que Venilson sofre de transtornos mentais e arremessou o botijão e um pedaço de um fogão durante um surto.