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Três pessoas nunca foram encontradas após queda da ponte Juscelino Kubitschek; 7 paraenses morreram

Oito meses após a tragédia, uma operação coordenada pelo Dnit, com apoio da Marinha do Brasil, retirou do fundo do Rio Tocantins a primeira caminhonete que caiu junto com a ponte

O Liberal

Três pessoas nunca foram encontradas após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). O acidente ocorreu no dia 22 de dezembro de 2024. Ao todo, 18 pessoas foram atingidas pelo colapso: 14 corpos foram localizados, uma pessoa sobreviveu e três seguem desaparecidas. Não há detalhes sobre quem seriam essas vítimas.

Entre as vítimas mortas e que tiveram seus corpos encontrados estão o vereador paraense Ailson Gomes Carneiro e a esposa dele, Elisangela Santos das Chagas, de Novo Repartimento. Também morreram a menina Lohanny Cidronio de Jesus, de 11 anos, e os avós dela, Anízio Padilha Soares e Silvana dos Santos Rocha Soares, todos de Dom Eliseu. A tragédia vitimou ainda a enfermeira Cássia Tavares e a filha dela, de apenas dois anos – o marido da enfermeira sobreviveu.

Primeira caminhonete retirada após 8 meses

Nesta quarta-feira (20), oito meses após a tragédia, uma operação coordenada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), com apoio da Marinha do Brasil, retirou do fundo do Rio Tocantins a primeira caminhonete que caiu junto com a ponte.

O resgate envolveu oito mergulhadores, que usaram balões de reflutuação com capacidade de cinco toneladas. Após ser levada até a margem por rebocadores, a caminhonete foi içada com ajuda de um guindaste. Um vídeo registrado pelo vereador de Aguiarnópolis, Elias Júnior, mostrou a ação.

Segundo o DNIT, ainda estão no fundo do rio quatro caminhões e dois veículos de porte médio. A retirada completa deve durar pelo menos três meses, já que alguns veículos permanecem soterrados ou presos nos escombros da ponte, que foi implodida em fevereiro de 2025.

Riscos ambientais

Na ocasião do acidente, duas caminhonetes, um carro, três motos e quatro caminhões passavam pelo local. Três desses veículos transportavam ácido sulfúrico e agrotóxicos. Um laudo da Polícia Federal, concluído em maio, apontou a existência de 1,3 mil galões no fundo do rio; até então, apenas 29 haviam sido retirados. A previsão para a remoção completa do material é setembro de 2025.

O Ibama acompanha as operações e informou que elabora um relatório sobre os impactos ambientais após vistoria realizada no local.