Sargento à paisana se recusa a usar máscara e agride tenente-coronel em mercado; veja
Comércio chamou os policiais, porque o sargento se recusava a usar o item de proteção. O militar agredido estava na equipe que atendia a ocorrência
Um tenente-coronel foi agredido com um soco por um sargento da Polícia Militar à paisana, que se recusou a usar a máscara em um supermercado em Aracati, no Ceará. O estabelecimento chamou os policiais ao local, na noite de quinta-feira (11), porque o sargento se recusava a usar o item de proteção. O tenente-coronel agredido estava na equipe que atendia a ocorrência.
A agressão foi flagrada por câmeras de segurança e clientes que estavam no supermercado. A imagem mostra o tenente-coronel e outros três policiais militares conversando com o sargento à paisana, que usa uma camisa para cobrir parte do rosto. Em determinado momento, o sargento dá um soco no rosto tenente-coronel que está próximo a ele e é contido pelos outros policiais, que conseguem algemá-lo.
Um outro vídeo registrado por testemunhas, mostra o agente depois de algemado gritando insultos contra o tenente-coronel, com palavras como “cachorro” e “vagabundo”.
Obrigatório
O uso da máscara em espaços públicos e privados do Ceará é obrigatório. A pena para casos de descumprimento pode variar entre R$ 100 e R$ 300 para pessoas físicas e chegar até R$ 1.001 para empresas de grande porte.
Conforme a Polícia Militar, o sargento foi conduzido ao plantão de Polícia Judiciária Militar, onde foi autuado pela agressão contra o tenente-coronel e agressão verbal contra a gerente do supermercado. O sargento está recolhido no Presídio Militar.
A PM ressalta que "não compactua com condutas ilícitas, por isso faz cumprir rigorosamente as normas legais, sem deixar de respeitar, naturalmente, os princípios da inocência, contraditório e ampla defesa".
De acordo com a gerente do supermercado, o policial à paisana foi abordado por ela na entrada do estabelecimento, ao chegar sem máscara.
"Quando eu fui orientar que a gente não poderia permitir ele entrar sem máscara, porque a gente do Grupo Casa Grande se preocupa também com o todo, pois estamos no meio de uma pandemia, ele disse que não iria usar a máscara", relata.
A gerente afirma que ainda ofereceu uma máscara para o agente, caso ele tivesse esquecido a dele, mas o homem não quis receber o objeto. "Ainda sinalizei que poderia dar a máscara para ele, caso ele tivesse esquecido, e ele simplesmente me empurrou, entrou e disse que iria fazer as compras", disse a mulher.
Segundo a gerente, a Polícia Militar foi acionada para garantir a segurança dos outros clientes e dos funcionários, pois o policial à paisana não queria usar a máscara e se recusava a deixar o local.
Palavras-chave