Rapaz é resgatado por força-tarefa policial ao cair em golpe de 'namorada virtual'
Matheus viajou sozinho mais de mil quilômetros para encontrar a companheira. Mas, foi surpreendido por um desfecho emocionante
Um jovem apaixonado de 18 anos saiu de sua cidade natal, Gravataí, município do Rio Grande do Sul, em direção a Osasco, em São Paulo, para conhecer a namorada. Mas o que Mateus não imaginava era que tudo não passava de uma mentira. O desfecho da história é ainda mais surpreendente: as Polícias Militares de São Paulo e do Rio Grande do Sul realizaram uma força-tarefa para trazê-lo de volta ao sul do Brasil.
Ao atravessar mais de 1.000 km para encontrar a companheira, com quem se relacionava há mais de um ano, Matheus não imaginava que sairia dessa história de coração partido. Órfão de mãe e sem conhecer o pai, ele viajou sozinho para encontrar a moça. Mas, na metade da viagem, começou a ter mensagens ignoradas pela até então companheira, sem motivo aparente.
Sozinho e sem esperanças de encontrar a namorada virtual, o rapaz pediu ajuda a um amigo, o soldado da Polícia Militar do Rio Grande do Sul, Diogo Rafael Ávila. “Ele já estava desesperado, me ligou chorando: ‘Bah, eu acho que caí num golpe. Ela me bloqueou, não fala mais comigo’ e tal. Aí eu: ‘Não, te acalma que eu vou começar a organizar tua vinda, fica tranquilo” contou o militar.
Comovido com a situação de Matheus, Ávila conseguiu reunir uma quantidade em dinheiro necessária, por meio de uma rede de solidariedade, para resgatar o amigo em São Paulo. Em quatro dias, o jovem estava de volta a Gravataí e teve uma surpresa: ao sair do ônibus, ele encontrou o soldado pronto para recebê-lo.
“A primeira frase que ele falou, ele me olhou chorando e falou: ‘Eu tinha certeza que o senhor não ia me deixar lá’. Sou pai, fico emocionado, me coloco no lugar dele. Imagina se fosse minha filha lá?”, contou o militar, visivelmente emocionado.
Matheus recebeu um kit de boas vindas da Polícia Militar do Rio Grande do Sul e, em seguida, foi levado para a casa da madrinha, que é a única familiar com quem ele tem contato. Ávila sente-se muito orgulho poder ter ajudado o jovem em um momento tão delicado.
“Isso pra mim é muito gratificante, porque no momento em que ele mais sentiu perigo, mais sentiu medo, ele ligou para mim. Ele lembrou lá da minha aula há anos do círculo de confiança, da rede de ajuda, que sempre poderia pedir ajuda a um policial militar", completou.
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