Laboratório revendia próteses dentárias compradas de cemitérios clandestinos
O material era adquirido pela metade do preço e submetido a um processo para que parecesse novo
Um laboratório protético foi interditado nesta segunda-feira (1º) após uma operação da Delegacia Especial de Crime contra o Consumidor (Decon), no Rio de Janeiro. De acordo com a Polícia Civil, os responsáveis adquiriam itens de cemitérios clandestinos e revendiam para clínicas odontológicas, afirmando que eram novos.
Dois suspeitos foram presos em flagrante. Eles devem responder por crimes contra o consumidor e contra a saúde pública, cujas penas, somadas, podem chegar a seis anos de reclusão. De acordo com as investigações, eles atuavam desta maneira no segmento há três anos, pelo menos.
O material conhecido como "roach" - um tipo de prótese dentária removível – era adquirido por cerca de 50% do custo habitual. Na fraude, ele era submetido a um processo químico para que aparentasse ser novo para ser repassado às clínicas.
Ao menos dois cemitérios que participavam do esquema foram identificados: um em São Gonçalo e outro na Baixada Fluminense. A Decon ainda busca outros endereços.
“As investigações continuam, e agora vamos contatar todas as clínicas odontológicas que adquiriam as peças. Ao que tudo indica, elas também eram lesadas e não sabiam da procedência do material”, explicou o delegado André Luiz de Souza Neves, titular da Decon.
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