Cliente aciona polícia após Supermercado Mateus não cumprir preço de etiqueta na Bahia
No vídeo, o consumidor mostra a etiqueta com o valor de R$ 1.399,90 para um ar-condicionado e, em seguida, o visor do caixa marcando R$ 2.399,90 na hora do pagamento
Um cliente registrou em vídeo o momento em que a polícia chega a uma unidade do supermercado Mateus, em Itabuna, no sul da Bahia, após uma divergência de preço em um aparelho de ar-condicionado. As imagens, publicadas no perfil “Notícia de Verdade” no Instagram, viralizaram e reacenderam o debate sobre o respeito ao preço exibido nas gôndolas dos supermercados.
No vídeo, o consumidor mostra a etiqueta com o valor de R$ 1.399,90 para um ar-condicionado e, em seguida, o visor do caixa marcando R$ 2.399,90 na hora do pagamento. Segundo ele, os funcionários se recusavam a aplicar o preço anunciado na prateleira.
A situação só teria sido resolvida após a chegada de uma equipe da Polícia Militar, chamada pelo cliente. De acordo com a postagem, depois da chegada dos agentes, o produto acabou sendo vendido pelo valor da etiqueta. O Grupo Mateus não se manifestou diretamente no vídeo.
Nos comentários da publicação, que já ultrapassa dezenas de milhares de curtidas, consumidores relatam que divergências de preço seriam frequentes em lojas da rede. “Essa divergência de preços acontece demais nessa rede de supermercados e, em algumas unidades, o gerente é chamado e desdenha da cara da gente. Bem feito que dessa vez tiveram que cumprir”, escreveu uma internauta. Outros comentários seguem a mesma linha, afirmando que “isso é o que mais acontece”.
Especialistas em direito do consumidor lembram que, em casos de diferença entre o preço exibido na prateleira e o valor cobrado no caixa, deve prevalecer o menor. O entendimento está amparado pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), que considera prática abusiva a oferta de informação divergente ou confusa sobre o preço de produtos e serviços.
Procurado por O Liberal, o Grupo Mateus foi questionado sobre o episódio em Itabuna, as orientações dadas aos funcionários em situações de divergência de preço e se há algum procedimento interno para evitar casos como o registrado no vídeo. Até a publicação desta reportagem, a empresa não havia se manifestado.
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