MENU

BUSCA

Adolescente de 15 anos fica tetraplégico após ser jogado por adversário durante treino de jiu-jitsu

O menino contou à mãe que foi jogado de forma brusca pelo adversário e parou de sentir o corpo do pescoço para baixo

Carolina Mota

Um adolescente de 15 anos ficou tetraplégico durante um treino de jiu-jitsu, após ser jogado no chão de forma brusca pelo adversário. O caso ocorreu há cerca de um mês no Rio de Janeiro e a família do rapaz busca medidas na justiça.

O garoto, identificado como Douglas Souza Braga, está internado em estado grave no Hospital Geral de Nova Iguaçu e não tem previsão de alta.

VEJA MAIS

Dançarino atingido por telão em Hong Kong pode ficar tetraplégico, diz hospital
Acidente aconteceu durante um show da banda chinesa Mirror; vítima pode perder os movimentos do pescoço para baixo

VÍDEO: Homem mostra queda na piscina que o deixou tetraplégico e faz alerta
A intenção foi conscientizar sobre os riscos desse tipo de situação

O caso

Douglas sofreu uma grave lesão na coluna no dia 27 de julho após cair no Centro de Treinamento Renan Teodoro, que é legalizado e credenciado. O garoto praticava a luta desde os oito anos de idade e já possuía a faixa laranja.

Pelos relatos das testemunhas, o jovem estava treinando com um rapaz de 21 anos, sem supervisão do instrutor. No momento, estaria ocorrendo um aulão e o professor estava ocupado tirando fotos do evento.

Após o incidente, o instrutor entrou em contato com a mãe do menino alegando que se tratava de “uma coisa boba”. No entanto, com o resultado da tomografia, a médica disse que não se tratava disso. “Eu nem sei como falar para vocês, mas o filho de vocês está tetraplégico”, relatou a profissional.

Foi necessário o implante de três placas de titânio na coluna. O jovem chegou a ter uma parada cardíaca na última quarta-feira (30), mas foi reanimado.

Justiça

Segundo a família de Douglas, eles buscaram registrar o caso na 63ª DP, mas os agentes se recusaram a fazer a denúncia sob a justificativa de o caso não se tratar de algo policial, recomendando que os familiares procurassem a Defensoria Pública.

Tudo o que a família tem são relatos de colegas do jovem e do próprio rapaz, que relatou à mãe o ocorrido. O instrutor da academia não soube o que dizer por não ter presenciado o fato.

Os alunos do local mencionaram o fato de ficarem constantemente sem supervisão, pois o instrutor ia malhar, mas houve mudança nesse quesito após o acidente de Douglas.

A família não conseguiu contato com o jovem de 21 anos que estaria envolvido, mas afirmam que ele foi expulso da academia pelo professor. Suzane diz ainda que o único suporte recebido foi um colar cervical e R$ 300.

Nas redes sociais, a academia fez uma vaquinha para arrecadar dinheiro. Em outra publicação, o professor pede doações de sangue e disponibiliza um ônibus para levar os doadores.

Posicionamentos

O Centro de Treinamento lamentou a fatalidade e se solidarizou com o aluno e a família. Além disso, afirmam que seguem todas as regras da luta e normas de segurança.

A Defensoria Pública informou que a mãe abriu um protocolo no local solicitando uma indenização. Segundo os registros, ela deu entrada no dia 14 de agosto e teve um retorno no dia 17 de agosto para mostrar o laudo médico e o estado de saúde do menino.

De acordo com a defensoria, o hospital não estava cedendo o documento. Suzane voltou no núcleo no dia 31 de agosto, esta quinta-feira, para entregar os documentos.

*Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com

Brasil