31 anos depois, polícia reabre o caso de escoteiro desaparecido há 36 anos

O desaparecimento de Marco Aurélio Simon, aos 15 anos, em 1985 é um dos mais intrigantes do país

O Liberal
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Este mês, a Polícia Civil de São Paulo resolveu reabrir o caso do escoteiro Marco Aurélio Simon, que desapareceu em 1985, aos quinze anos. O caso estava encerrado, sem resposta, desde 1990. Porém, novas informações foram levantadas e, agora, a Polícia trabalha com duas hipóteses: de homicídio com a possibilidade de a ossada estar enterrada no Pico dos Marins (a 200 quilômetros da capital paulista); e de estar vivo e como andarilho em Taubaté. As informações são do Portal G1 de São Paulo.

Na manhã do dia 08 de junho de 1985, Marco Aurélio e outros três amigos, todos com 15 anos à época, tentavam alcançar o cume do Pico dos Marins, a 2.420 metros, que é o segundo ponto mais alto do estado de SP. Eles estavam acompanhados de um líder. No caminho, um deles torceu o pé e o líder autorizou que Marco Aurélio voltasse sozinho ao acampamento para pedir ajuda. O grupo se perdeu e, quando chegou ao local, encontrou a mochila do menino, mas o adolescente não estava lá.

Durante 28 dias de buscas, policiais de diferentes corporações, além de mateiros, alpinistas, especialistas e aeronaves, tentaram encontrar o escoteiro, mas não acharam nenhuma pista.

O inquérito foi retomado este mês após autorização da Justiça, com novos indícios sobre o que pode ter acontecido — inclusive a possibilidade de que Marco Aurélio esteja vivo. A primeira vertente trabalhada é de que o escoteiro estaria enterrado em uma área próxima ao Pico dos Marins e a outra de que teriam visto um morador de rua em Taubaté, com os mesmos traços dele. A polícia acionou, inclusive, as penitenciárias, para que fossem feitas buscas.

Vão ser feitas buscas no local onde o menino desapareceu e novos depoimentos de testemunhas do caso à época.

“Se eu achar a ossada, como vamos saber quem matou? Ninguém vai pagar por isso”, lamenta o pai do menino, Ivo Simon, que chegou a contratar investigadores, fazer reconhecimento de pessoas que tentaram se passar pelo menino e viagens pelo Brasil, para apurar informações de diferentes estados onde Marco Aurélio teria sido visto. Ele diz querer acreditar que o filho esteja vivo e que seja encontrado.

A esposa de Ivo morreu há seis anos, depois de uma série de problemas de saúde, agravados pelo sumiço do menino. O pai do escoteiro usa para busca a imagem de Marco Aurélio envelhecida, feita com base no irmão, que é gêmeo univitelino. Na foto, foram usados traços de andarilho, que é a hipótese usada pela polícia na investigação que aponta a possibilidade de que esteja vivo.

“É uma tortura mental. Estou vivendo essa tragédia como se fosse de novo o primeiro dia. O que aconteceu? Imagina se ali nessas buscas estiverem os ossos do meu filho, vamos ter que passar pela angústia da espera pelo DNA. E quem matou? Não vamos ter como saber. É uma tortura mental que se arrasta há 36 anos”, declarou Ivo. 

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