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Nazaré Pereira, cantora, compositora e atriz

Redação Integrada

Dona de uma voz inconfundível que carrega toda a musicalidade amazônica, Maria de Nazaré Pereira ou simplesmente Nazaré Pereira, como é conhecida além das fronteiras de sua terra natal e da terra que adotou como sua, é dona de uma carreira consolidada ao longo de 40 anos e surgida, como ela costuma dizer, meio "por acaso". 

Filha de pai seringueiro e mãe lavadeira, Nazaré Pereira nasceu na cidade acreana de Xapuri. Aos sete anos a família veio para o Pará e se instalou no distrito de Icoaraci. Na juventude, foi professora da educação básica e de dança. Atriz, formada pelo conservatório de arte, ela cruzou o Atlântico em busca de uma pós-graduação na Sorbonne, em Paris, quando a música entrou definitivamente na sua vida.

“A música foi para pagar o sanduíche. Comecei a cantar nas praças, nos bares. Cantava bossa nova, samba, como todo mundo. O sucesso veio depois que cantei o forró “Cheiro da Carolina” (composição de Zé Gonzaga e Amorim Roxo) em um casamento. Todos os convidados dançaram e no dia seguinte tinha fila no “Jazz do Brasil”, o bar onde eu cantava em Paris”, relembra. Daí em diante, se tornou uma das vozes mais conhecidas da região Norte do Brasil na França, onde ela reside há 33 anos.

“Cheiro da Carolina” foi seu primeiro disco gravado naquele país. Depois vieram outras músicas e outros sucessos, como Amarelinha (1980) ou "La Marelle", que a consagrou como pioneira do forró em terras francesas, onde ganhou disco de ouro nos anos 80. Já gravou músicas de grandes compositores brasileiros, como Luiz Gonzaga, João do Vale e Waldemar Henrique. Também compôs canções como “Xapuri do Amazonas”, considerada um clássico da cultura paraense. A maior parte do seu trabalho como intérprete foi produzido na França, onde tem 19 discos gravados. Apenas um CD foi produzido e lançado totalmente no Brasil.

Além da carreira de cantora, ela é embaixadora da Amazônia para a fundação Villas Boas. A cada show, ela sempre faz a promoção da região e da importância de sua preservação. Por sua militância em defesa da região, recebeu a medalha de “arts et lettres” do governo francês.

Na campanha Belém Pra Ver e Sentir, Nazaré Pereira escolheu o BOSQUE RODRIGUES ALVES como um dos lugares favoritos na capital paraense.

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