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Descubra curiosidades e fatos inusitados sobre as ruas de Belém

Entenda a escolha dos nomes das ruas, como eles mudaram, o que significam em cada período da história e as situações incomuns envolvendo essas denominações

Maiza Santos, estagiária sob orientação de Heloá Canali

Nesta quarta-feira (12), a capital paraense completa 406 anos de fundação. Nascida às margens da Baía do Guajará, a cidade das mangueiras possui diversos elementos que a tornam especial, como o Círio de Nazaré, a gastronomia e sua rica história. Em alusão a data, o Portal OLiberal listou algumas curiosidades e fatos inusitados sobre as ruas de Belém.

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“No período colonial, várias ruas receberam a denominação de personalidades da época, depois do imperial, e depois também do Republicano. Não só pessoas foram homenageadas, fatos históricos e também alguns povos originários. As ruas iam trocando de nome, conforme a história da cidade, em cada momento histórico elas tinham um perfil”, declara.

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“Alguns historiadores apontam a ‘ladeira do Forte’ como o início da Sequeira Mendes, outros não consideram. Cada historiador vai colocar uma situação diferente sobre isso”, explica.

Nome de rua mais inusitado em Belém

A professora Goretti conta que a rua Tomázia Perdigão, antes de ter este nome, foi rua da “Ilharga do Palácio”. Um dos nomes mais estranhos de vias da capital. 

“A rua da Ilharga do Palácio, que significa ‘ao lado’, tem um dos nomes mais diferentes. Atualmente, ela se chama Tomázia Perdigão e fica ao lado do Palácio dos governadores, o Museu do Estado do Pará. É uma homenagem à mãe de Marcelino Perdigão, que teve destaque durante o período da Cabanagem. Mas antes desse nome, era a ilharga”, diz a professora.

Maior rua de Belém

Um dos principais pontos turísticos da cidade, a Avenida Presidente Vargas é considerada a maior rua de Belém, pois sua distância total chega próximo a 2,5 quilômetros. Famosa por abrigar a Praça da República, onde está localizado o Theatro da Paz, ela mantém até hoje a arborização original - o corredor de mangueiras - feito por Antônio Lemos.  

Anteriormente chamada de Travessa dos Mirandas e de Avenida 15 de agosto, ela só passou a ter o nome atual após o período da República, em 1889, quando homenageou o presidente da época.

Rua de Belém que vai da periferia ao centro

A travessa Padre Eutíquio, que já se chamou São Mateus, possui esse nome em homenagem a um padre que foi bastante importante em Belém. Começando no Ver-o-Peso e terminando na Bernardo Sayão, ela possui a curiosidade de iniciar no rio e também terminar no rio, além de atravessar três bairros: um histórico, um de “alto padrão” e um mais periférico - Campina, Batista Campos e Condor, respectivamente.

Outro fato importante é que essa rua abriga um dos primeiros shoppings da cidade e uma das praças mais belas do Brasil, a Batista Campos. Também possui alguns centros de maçonaria ao longo de sua extensão, ao menos três prédios estão localizados lá.

Rua de Belém que fez a população se mobilizar 

Algumas ruas possuem muita identidade com a cidade de Belém. Como é o caso da rua dos Apinagés, que corta o bairro do Jurunas e a Batista Campos. Em 2011, quando tentaram mudar o nome dela para “Jerônimo Rodrigues” - em homenagem a um empresário da área, a população local se mobilizou para não permitir. 

O nome chegou a ser alterado, mas os moradores colocaram plaquinhas com o nome "Apinajés" sobre a identificação da nova denominação e também fizeram um abaixo assinado. Todo o esforço fez o governo voltar atrás e recolocar o nome antigo, que faz referência a uma das tribos indígenas que viveram em Belém antes da colonização.

Rua comercial de Belém que foi do 'chique ao popular'

De acordo com Goretti, a rua João Alfredo - homenagem ao ex-presidente da província do Pará - desde sua origem teve a essência de uma via comercial. 

“Antigamente ela tinha o nome de Estrada dos Mercadores e rua da cadeia, essa via sempre foi famosa por ser um local de compras e vendas. No período colonial, era de mercado. Na Belle Époque, foi o primeiro shopping aberto, requintado e chique. Após os anos 50, depois das construções dos shoppings, ela passou a ser de comércio popular, de classes mais baixas e médio padrão”, encerrou.

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