MENU

BUSCA

Conheça hábitos culturais que tornam Belém tão única

Os costumes dos belenenses atravessam gerações e unem pessoas que compartilham hábitos que já são heranças culturais

O Liberal

A cultura de um povo e as particularidades de cada região são as principais referências para diferenciar uma nação e torná-la única. Os hábitos que cada pessoa reproduz, junto a um grupo, são potências para o fomento de história e heranças culturais. Festas populares, alimentação e comportamentos moldam diariamente Belém, Metrópole da Amazônia, que completa 406 anos de fundação, cercada de diferentes ritmos e tradições.

Para isso, uma condição básica para se ter uma cidade viável em relação aos hábitos e costumes de seus cidadãos é mantê-la pública, ou seja, preservar espaços onde as sociabilidades (encontros, reuniões, celebrações) sejam seguros, gratuitos e disponíveis para toda sua população, afirma o antropólogo Edgar Chagas. 

VEJA MAIS

Culinária que une

O que falar do tomar café com pupunha na porta de casa no final da tarde? A prática que ainda pode ser vista em vários bairros residenciais, é, sem sombra de dúvidas, uma das marcas da paisagem urbana da cidade. O professor Ribamar Barroso, há 10 anos leciona na Casa da Linguagem, prédio histórico localizado na Avenida Nazaré e no entorno da Praça da República.

Ele conta que é um privilégio fazer parte da instituição e que já coleciona alguns hábitos que foram se construindo com o tempo. "Quando começa a ventar forte, aviso aos seguranças para me avisarem caso caia uma manga. Toda tarde uma senhora vende pupunhas em frente ao prédio e já é um hábito dos funcionários de juntar dinheiro para comprar e preparar café", conta. A leitura, referência do espaço, também é lembrada pelo professor e enfatiza o quão hipnotizante pode ser o prédio, que guarda a história de Belém em cada parte. 

"A nossa cultura é constituída de hábitos, memórias e elas só prevalecem se forem lembradas! As pessoas, independente do contexto que vivemos, não podem esquecer de rir, abraçar e de agradecer. Comer manga com farinha, tomar açaí na cuia e dormir na rede são memórias que a gente traz de nossos avós, pais, passam por nós e que muitas vezes nossos filhos não têm esse registro de maneira afetiva. Continuar com esses pequenos costumes também é resistência", finaliza o professor.

(Karoline Caldeira, estagiária sob a supervisão de Victor Furtado, coordenador do Núcleo de Atualidades)

Belém Pra Ver e Sentir