Mercado do Ver-o-Peso: Frequentadores e feirantes projetam melhorias para o cartão postal de Belém
A obra do Ver-o-Peso abrange desde a Feira do Açaí e da Ladeira do Castelo, passando pelos Mercados de Peixe e de Carne, até a Pedra do Peixe e a feira tradicional
O Mercado do Ver-o-Peso passa por uma ampla reforma, anunciada como a primeira grande intervenção no espaço em mais de duas décadas. Desde que Belém foi anunciada como sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), o Ver-o-Peso tem recebido atenção especial do poder público. Entre feirantes e frequentadores, a expectativa é grande para as melhorias no principal cartão postal da capital paraense.
Morador de Portel, o biomédico Emerson Lobato, de 50 anos, se diz esperançoso com a obra. “Acredito que essa reforma dará, acima de tudo, mais condições de trabalho às pessoas que trabalham aqui; e claro, também mais estrutura e acolhimento físico mesmo para nós que frequentamos. Eu venho a cada três meses para Belém e sempre faço questão de vir aqui. É o nosso principal ponto turístico, a referência de Belém é o Ver-o-Peso”, diz.
Para os trabalhadores do local, a reforma veio em boa hora. A erveira Eliana Carvalho, que trabalha há mais de 40 anos do Ver-o-Peso, avalia que já havia necessidade de melhorias, devido ao calor intenso sob as lonas do mercado, e vê a reforma como benéfica não só para a COP 30, mas também para o dia a dia do mercado. “A expectativa é de possamos receber o pessoal com tudo limpo, asseado, com barracas novas e uma estrutura que absorva melhor a quentura”, diz.
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Atualmente, os serviços se concentram na execução da feira provisória, tanto do estacionamento do Ver-o-Peso, como da Praça do Relógio. Nesta fase da obra, está previsto o remanejamento de 435 feirantes. “Já estamos com 80% da obra executada da Ladeira do Castelo, que é a parte do calçamento dos revestimentos em granito e rochas similares”, conforme explica o engenheiro responsável pela obra do Complexo Ver-o-Peso, Charles Aragão.
A liberação dos recursos para a revitalização foi fruto de uma articulação junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Na última semana, a obra recebeu um aporte da Itaipu Binacional, companhia vinculada ao governo federal, quando foi firmado um convênio com a administração municipal da ordem de R$ 350 milhões para obras estruturantes na cidade para a COP 30. Representantes da Itaipu estiveram em Belém visitando o Ver-o-Peso.