Usuários realizam ato e pedem melhores condições para o funcionamento do CAPS AD
Os manifestantes se concentraram em frente à sede do centro, com cartazes que diziam: “O CAPS /AD de Belém pede socorro! Por melhorias no espaço físico e na oferta de serviço”; “Preconceito faz mal. Para um SUS integral”, entre outros
Usuários do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPS AD), em Belém, localizado na avenida Governador José Malcher, realizaram na tarde desta quinta-feira (21) uma manifestação com objetivo de chamar a atenção do Poder Público para as péssimas condições em que o local se encontra. Como resultado imediato, os manifestantes conseguiram agendar uma reunião com o secretário municipal de Saúde, na próxima quarta-feira (27). O ato teve o apoio do Movimento de Luta Antimanicomial do Pará (MLA).
Os manifestantes se concentraram em frente à sede do centro, com cartazes que diziam: “O CAPS /AD de Belém pede socorro! Por melhorias no espaço físico e na oferta de serviço”; “Preconceito faz mal. Para um SUS integral”; “Não podemos nos curarmos num ambiente que está nos adoecendo”; “Mais recursos aos CAPS, UAA, SRT e menos às comunidades terapêuticas” e “Cuidar da mente é cuidar da saúde”.
Felipe Damasceno, que faz parte da comissão de usuários do centro, avaliou que a manifestação valeu a pena, pois foi uma oportunidade de mostrar à Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) “que estamos organizados como usuários cientes dos nossos direitos”, disse ele. “O cuidado digno em liberdade, algo que o CAPS/AD de Belém-PA, devido a problemas na estrutura da unidade assistencial, escassez de medicamentos e RH incompatível para a demanda, não tem nos ofertado”, complementou.
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“Até então, vínhamos negociando com a coordenação da RAPS da Sesma, devido à repercussão do ato, conseguimos uma audiência com o secretário municipal de Saúde, a ocorrer na próxima quarta, momento em que serão expostas todas as nossas demandas. Seguiremos organizados e na luta até que todas as nossas reivindicações sejam atendidas. Queremos o básico: a garantia de um ambiente estruturado e adequado ao nosso tratamento”, pediu.
Segundo Felipe, os banheiros do espaço estão com as portas quebradas, as salas não têm ar-condicionado, o piso está quebrado, usuários estão dormindo no chão por falta de espaço adequado para o acolhimento diurno, há carência de remédios na farmácia, faltam pessoas na equipe técnica, que é insuficiente para dar conta da demanda, e não há um sistema de segurança eletrônica.