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UFPA e Instituto Evandro Chagas vão monitorar qualidade das águas que abastecem a Grande Belém

Somente os lagos Bolonha e Água Preta abastecem 70% dos consumidores da Região Metropolitana de Belém. Pelo menos 600 pontos serão monitorados de outros rios que passam pela área.

Victor Furtado, com informações da Agência Pará

A Universidade Federal do Pará e o Instituto Evandro Chagas (IEC) vão monitorar da qualidade das águas que abastecem a Região Metropolitana de Belém. Isso inclui os lagos Bolonha e Água Preta — que abastecem 70% dessa área, chegando a cerca de 1,7 milhão de pessoas — e de mais 600 pontos nos rios que cercam a capital e demais municípios da área. A proposta é que as análises possam direcionar políticas públicas para melhoria da qualidade dos recursos hídricos fundamentais para a população.

O primeiro convênio é entre a UFPA e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), que especificamente fará o diagnóstico dos lagos que ficam no Parque Estadual do Utinga “Camillo Vianna”. O convênio com o IEC deve ser assinado no início de 2023. Os anúncios foram feitos durante a 39ª Reunião Ordinária do Conselho Estadual de Recursos Hídricos do Pará (CERH-PA), nesta quarta-feira (7), no Centro Integrado de Monitoramento Ambiental (Cimam), em Belém.

A elaboração do Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos, inédito na região Norte, foi um dos principais avanços do Pará na administração de recursos hídricos em 2022, como destacou o secretário executivo do Conselho Estadual de Recursos Hídricos e secretário adjunto de Gestão de Recursos Hídricos e Clima da Semas, Raul Protázio Romão.

"O Pará é o único estado do Norte, e o quinto do Brasil, a produzir relatório de conjuntura. O documento reúne todas as informações sobre a área de recursos hídricos, desde quando iniciamos até o cenário atual. Faz um histórico da estrutura, do órgão, de tudo o que foi feito a respeito da implementação dos instrumentos de gestão. Em 2023 esperamos lançar a segunda edição, com atualização dos dados dos recursos hídricos", informou Raul Protázio.

Apresentado em outubro passado, o Relatório Conjuntura Pará reúne informações sobre a situação dos recursos hídricos do Pará, que formam um conjunto de estatísticas e indicadores sobre usos, quantidade, qualidade, monitoramento e gestão das águas. A publicação está disponível no site da Semas. O documento foi elaborado para ser uma publicação bianual. Na primeira edição, há a trajetória histórica da gestão de recursos hídricos no Estado, incluindo a legislação no Brasil desde a promulgação da Lei Federal 9.433/1997.

Durante a apresentação, os projetos foram apresentados pela diretora de Recursos Hídricos da Semas, Luciene Chaves. "Os lagos Bolonha e Água Preta são nossos mananciais de abastecimento público. Vamos fazer um monitoramento da qualidade dessas águas, para saber como elas estão hoje, que tipo de fontes potenciais estão disponíveis e como traçar metas de preservação deste que é o nosso principal manancial de abastecimento", informou.

"Em relação ao convênio com o Instituto Evandro Chagas, até fevereiro vamos conseguir finalizar toda a parte administrativa e oficializá-lo. Ele vai garantir o controle de qualidade das águas de todos os rios da Região Metropolitana de Belém. Serão mais de 600 pontos de monitoramento. Para a Região Metropolitana, será um marco em relação ao monitoramento. Vamos poder fazer um diagnóstico correto da qualidade destes rios e propor soluções para conseguir subsídios para a emissão das outorgas de lançamento de afluentes", completou Luciene Chaves.

Belém