MENU

BUSCA

Terreiro de Mina Dois Irmão completa 131 anos

Templo afro-religioso é o mais antigo do Pará

Laís Santana

O Terreiro de Mina Dois Irmãos, templo afro-religioso mais antigo do Pará, completou 131 anos nesta segunda-feira (23). Para celebrar a data, foi realizada uma festa em homenagem ao Vodun Toy Averequete, um dos guias da casa. A programação de festejos segue durante toda a semana, com homenagens a caboclos e exús que guiam os trabalhos do terreiro.  

Fundado em 1890, no bairro do Guamá, o espaço foi criado pela maranhense Mãe Josina, que esteve a frente da Casa até 1929, com culto dedicado ao guia Toya Verequete. Em seguida, a segunda geração, assumida por Mãe Amelinha, foi responsável por introduzir o culto ao guia D. José Rei Floriano.

Já no final da década de 80, o local passou a ser liderado por Mãe Lulu. Durante sua direção, foi criada a Organização Afro-Religiosa Não-Governamental Mãe Amelinha, que passou a promover ações de dignificação da cultura e religião de matriz africana. Em 2010, o terreiro foi tombado pelo Departamento de Patrimônio Histórico Artístico e Cultural (DPHAC), do Governo do Estado. Atualmente, a liderança da Casa está na 4ª geração da família, sob o comando de Mãe Eloisa.

Para Mãe Eloisa, o momento é de celebração e gratidão. “Esse momento representa resistência e fé. São muitos anos de serviço e hoje o coração está cheio de gratidão. Esses anos nossa casa nunca parou, são 131 ano de muita felicidade e amor pelos nossos vodunsios”, afirmou a líder do terreiro. 

Nesta terça-feira (24), será realizada a Festa de Exús, das 11h às 14h. Na quarta (25), ocorrerá o festejo em homenagem ao Cabloco Juremeire e o Caboclo Sete Flechas, das 14h30 às 19h. No sábado (28), a programação rende homenagens à Cabloca Herondina. Todas as celebrações serão realizadas na sede do Terreiro de Mina Dois Irmãos, na passagem Pedreirinha, 282, no bairro do Guamá.

Belém