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Tatuagens realistas: confira os cuidados necessários na área do corpo escolhida; vídeo

O assunto é delicado e geralmente os temas escolhidos envolvem pets e familiares, mas há quem escolha por artistas e políticos

Camila Azevedo

O Brasil registrou um aumento de 50% no setor de tatuagens durante a pandemia. O levantamento foi realizado pela Associação Nacional dos Tatuadores e teve 2020 como ano base. Os estilos predominantes nesse crescimento foram desenhos tradicionais, delicados e pessoais, temas que refletissem o momento. Porém, na contramão, há quem esteja optando por eternizar na pele personalidades públicas, artistas e pessoas queridas. Recentemente, em Belém, um paraense viralizou ao compartilhar nas redes sociais uma imagem realista de um político tatuado na perna. 

Outro caso polêmico divulgado, no último dia 17, foi o de uma mulher, supostamente grávida com a barriga tatuada, em São Paulo. A escolha foi a pintura de uma cobra. O episódio abriu discussão sobre os riscos envolvendo a mãe e o bebê, uma vez que tudo que é feito ou ingerido por ela, é sentido por ele. A tatuagem, dependendo da área, pode gerar uma infecção e dificuldades anestésicas. 

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A ideia de tatuar de forma realista uma pessoa pública geralmente não é levada muito adiante, mesmo com o cliente fazendo o orçamento. Mas, quando o trabalho é realizado e posteriormente a pessoa se arrepende, algumas opções podem ser consideradas. “Ela pode fazer uma tatuagem de cobertura, pode fazer uma remoção a laser, ou uma transformação: se ele fez o rosto de uma mulher ou de uma celebridade, ele pode de repente transformar esse rosto em uma caveira”, afirma.

A empreendedora Glenda Gonçalves, de 26 anos, começou a frequentar os estúdios desde cedo: aos 15, fez a primeira, com autorização dos pais. Ela já se arrependeu de ter feito uma das doze tatuagens que possui atualmente porque o resultado não foi como o esperado. “Eu pedi pro tatuador fazer de uma forma e ele fez de outra. Eu ainda não cobri, mas pretendo. Fiquei meio triste, porque é para sempre. Quero fazer mais algumas”, relata.

Glenda diz que não faria homenagens a algum artista ou ídolo por entender o sentido de ‘para sempre’ que as tatuagens carregam, mas que tem uma que considera a favorita por ter um significado importante. “Acho que eu não faria, porque eu estou sempre mudando. Hoje em dia eu gosto de uma coisa e depois posso gostar de outra, nada é muito eterno aqui. A minha favorita eu tenho no braço, é uma jiboia, que é um animal sagrado para os povos indígenas, principalmente para o povo Huni Kuin. Nela, também, constam os elementos para produzir o ‘ayahusca’, que é o cipó, e uma folha, representando a rainha”, explica a jovem.

Belém