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Síndrome de Burnout: veja o que mudou na classificação da OMS da doença decorrente do trabalho

Caracterizada como um estresse crônico, a síndrome pode ser causada por cobranças excessivas, metas quase inalcançáveis, relações desgastadas e um ambiente de trabalho inadequado

João Paulo Jussara / O Liberal

Exigências e cobranças excessivas, metas quase inalcançáveis, relações desgastadas e um ambiente de trabalho inadequado. Tudo isso pode levar ao desenvolvimento da síndrome de Burnout, caracterizada como um estresse crônico que causa exaustão extrema e a falta de interesse do trabalhador pela tarefa que executa, além de vários outros sintomas. Desde o dia 1º  de janeiro, entrou em vigor a nova Classificação Internacional de Doenças (CID-11), em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a considerar o Burnout uma doença decorrente do trabalho.

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Tratamento

O tratamento para a síndrome de Burnout, via  de regra, é feito por meio da psicoterapia. O psicólogo Manoel de Christo explica que às vezes há a necessidade do uso de medicação, e nesse caso o paciente deve ser avaliado por um psiquiatra, que vai receitar os remédios de acordo com cada caso. Podem ser usados antidepressivos, ansiolíticos e outros. Mas o tratamento sempre deve ser combinado com o atendimento psicológico. Atividades físicas também são importantes, pois favorecem a produção de hormônios que causam bem estar, como a endorfina e a serotonina.

"Também é importante que o paciente se afaste de pessoas negativas, principalmente aquelas que ficam reclamando de tudo. E às vezes é importante uma intervenção no ambiente de trabalho. Se o ambiente é favorecedor do Burnout e não houver essa alteração, é como se tivesse chovendo no molhado, porque nem todo mundo vai ter condição pessoal de lidar com um ambiente hostil. As empresas precisam estar atentas ao seu clima organizacional, para que o seu ambiente seja adequado, onde as pessoas possam se respeitar mutuamente e desenvolver o trabalho de maneira adequada, mas com bem estar", concluiu Manoel de Christo.

Belém