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Sesma garante a segurança da vacinação de crianças de 3 a 5 anos contra a covid-19

Especialistas orientam cuidados antes e após a aplicação das doses

Camila Guimarães

A nova etapa da vacinação contra a covid-19 começou nesta segunda-feira, 18, em Belém, expandindo a imunização para crianças de três a cinco anos de idade. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) de Belém, garante que a vacinação é segura e eficaz para o novo público, além de necessária para contribuir com o retrocesso da pandemia na capital do estado.

O diretor do Departamento de Vigilância à Saúde de Belém, Adriano Furtado, explica que a vacina liberada para essa faixa etária, a Coronavac, anteriormente disponível apenas para crianças a partir de seis anos, passou por uma série de estudos para avaliar os efeitos em um público mais novo:

“Houve essa demora porque estudos precisavam ser feitos. As crianças têm características de imunidade diferente dos adultos, estão ainda em desenvolvimento, e a gente precisava ter certeza de que a vacina é segura, de que vai oferecer a proteção que a gente espera e de que não vai ter nenhuma reação preocupante”, diz Adriano.

Em Belém, a situação geral em relação à pandemia é descrita como “favorável” pelo diretor de vigilância à saúde. Ele diz que, em julho, pelo menos mil casos de covid-19 foram confirmados e que, atualmente, apenas 10 pessoas encontram-se hospitalizadas por causa da doença:

“Nós não estamos preocupados com um cenário de internação. Belém tem mais de 85% da população vacinada e, desse total a gente não percebe casos graves da doença. Por isso, podemos dizer o quanto a vacinação está sendo importante para combater a covid-19”, avalia.

Adriano conta que, ainda em julho, Belém registrou um óbito de criança de um ano por causa de covid-19, por isso, ele enfatiza a importância de expandir a vacinação para novos públicos:

Ainda em julho a gente teve caso de óbito de criança por covid-19. Uma criança de um ano, ou seja, que ainda nem está coberta com essa nova fase de vacinação. Então a gente ainda precisa pensar em avançar mais com a vacinação, imunizando o maior número de pessoas possível. Os públicos mais frágeis continuam sendo as crianças e os idosos com comorbidades”, informa.

 

Infectologista orienta sobre a vacinação infantil

De acordo com a infectologista, PhD em Ciências e representante regional da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Tânia Chaves, qualquer criança entre três e cinco anos pode tomar a dose pediátrica da Coronavac oferecida para sua faixa etária sem o risco de reações significativas:

“O que pode acontecer é a criança sentir um pouquinho de dor no momento da aplicação ou ficar com o braço um pouquinho dolorido. Nesses casos, usar compressa com água fria, da torneira mesmo, já é suficiente. Geralmente, a febre não é um efeito colateral dessa vacina”, informa.

O único cuidado a ser observado antes da vacinação é avaliar se a criança apresenta ou não algum sintoma gripal ou respiratório. Caso apresente, a infectologista orienta que os pais esperem os sintomas desaparecerem totalmente antes de levar a criança para se vacinar.

Em Belém, além da vacinação contra a covid-19, também estão disponíveis imunizantes contra a influenza e o sarampo para o público infantil. Quanto ao risco de interação entre as vacinas, Tânia Chaves, orienta que não existe nenhum problema em tomar mais de uma ao mesmo tempo.

Na avaliação da especialista, todo cuidado é válido para evitar o desenvolvimento de quadros graves e letais de covid-19: “Ainda temos óbitos por causa da doença, que ocorre principalmente entre não vacinados. E, considerando que o vírus vai permanecer circulando, não há dúvida que a vacinação é a melhor estratégia em saúde pública. Por isso, recomendo que os pais vacinem seus filhos”.

Belém