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Educação ambiental: saiba por que o Parque do Utinga não conta com lixeiras

Objetivo é fomentar a Educação Ambiental. A atitude de carregar o próprio lixo e descartá-lo em local apropriado evita a dispersão de materiais estranhos à natureza, que podem trazer riscos aos animais

O Liberal

Muitas pessoas que visitam o Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna (Peut), em Belém, estranham, e até mesmo não concordam, com a falta de lixeiras ao longo das trilhas existentes no espaço. Mas a motivação para a ausência de lixeiras é uma prática comum em parques naturalísticos e/ou unidades de conservação no Brasil e exterior, e tem um objetivo essencial.

Entenda por que o Parque do Utinga não tem lixeiras

A ideia é preservar os recursos naturais: fomentar a educação ambiental, incentivando os frequentadores a levarem o lixo que produzirem durante o passeio pelo Parque, para que não deixem nenhum resíduo no local.

A atitude de carregar o próprio lixo e descartá-lo em local apropriado evita a dispersão de materiais estranhos à natureza, principalmente os não degradáveis, que podem trazer riscos aos animais que vivem ou circulam pelo Parque.

Saiba quais são os itens descartáveis mais nocivos para o Parque

Papel, embalagens, garrafas de água e máscaras estão entre os materiais comumente utilizados pelo público nas dependências dos parques. Se descartados no chão ou mesmo em lixeiras, esses resíduos representariam riscos aos animais, que poderiam ingeri-los ou se machucarem ao remexer depósitos de lixo.

Os biólogos reiteram que o descarte de lixo em parques ambientais é nocivo para a fauna e a flora desses espaços. Se for lixo orgânico, pode causar infecção alimentar nos animais, e se for inorgânico, como embalagens, os animais podem se cortar ou poluir as áreas verdes, ao levar esse resíduo para as matas.

Na condição de unidade de conservação, o Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna não poderia proceder de outra forma.

Conheça todas as atrações do Parque do Utinga

“Há uma grande circulação de animais silvestres nas trilhas. Além deles poderem comer os alimentos e carregarem as embalagens para dentro das matas, há o perigo de atrair outros animais, como ratos, baratas e pombos”, alerta Basílio Guerreiro, biólogo da Organização Social Pará 2000, que administra o Peut em conjunto com o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-bio).

 

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Basílio Guerreiro orienta que o mais sensato é levar o lixo para casa, selecionar e fazer o descarte adequado. “Os alimentos, se deixados nas lixeiras, podem criar um hábito diferenciado nos animais e provocar doenças”, reforça o biólogo. Juliana Bittencourt, veterinária no Bosque Rodrigues Alves, o jardim zoobotânico da capital paraense, que também é referência em educação e preservação ambiental, também ressalta outros riscos que uma dieta irregular pode causar aos animais. “O que ocorre aqui no Bosque é que os macacos-de-cheiro, que são animais de vida livre, costumam ser alimentados por pessoas do lado de fora dos portões, geralmente por alimentos gordurosos e nocivos à saúde deles, como pipoca, o que pode deixá-los doentes”, informa a veterinária.

Que horas funciona o Parque do Utinga, em Belém?

O Parque Estadual do Utinga Camillo Vianna funciona de quarta a segunda-feira, das 6h às 17h.

O que é preciso levar para entrar no Parque do Utinga?

A entrada é franca. Atualmente, é obrigatório utilizar máscara nas dependências do Parque e apresentar, na entrada, o comprovante de vacinação com as duas doses registradas.

Onde fica o Parque do Utinga, em Belém?

O Peut fica na avenida João Paulo II, s/n, no bairro Curió-Utinga.


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