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Romaria dos Corredores: devotos agradecem por graças alcançadas, sobretudo pela saúde

Maria Belém, de 55 anos, correu em gratidão à recuperação da irmã, de 59 anos, acometida por câncer de mama

Camila Guimarães

A Romaria dos Corredores, uma das 13 procissões oficiais do Círio de Nazaré, moveu centenas de fiéis na manhã deste sábado, 22 de outubro, pelas ruas de Belém, retomando a tradição que já dura cerca de oito anos, mas que esteve interrompida nos últimos dois por causa da pandemia de covid-19. Nesta edição, muitos romeiros aproveitaram a oportunidade para agradecer pelas graças alcançadas. Uma delas foi a corredora Maria Belém, que participou em gratidão pela restituição da saúde da irmã, acometida por câncer de mama.

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Durante toda a romaria, Maria Belém, de 55 anos, correu agarrada a uma medalha com um símbolo que caracteriza a campanha Outubro Rosa, de combate ao câncer de mama. O objeto, segundo ela, é agora como um troféu de vitória, não pela corrida concluída com sucesso - uma vez que o evento não é competitivo, - mas pela conquista de um milagre:

"Hoje eu vou levar essa medalha para casa e dar para ela, pra minha irmã. Há cinco anos ela já vinha lutando contra um câncer de mama. Nós praticamente já morávamos no hospital com ela. Foi uma internação muito difícil, em que ela emagreceu muito, pegou várias infecções e chegou a ser desenganada pelo médico, mas hoje está em casa, se recuperando", conta Maria Belém.

Ao completar a corrida, após cerca de uma hora e meia de percurso, a romeira se emociona ao relembrar os momentos mais difíceis que passou ao lado de sua irmã, Francisca Baião, de 59 anos. Ela conta que a sempre foi imprescindível para se manter firme durante todo o tempo e foi dessa mesma fé que ela tirou forças para participar da romaria. Ela espera que no ano que vem seja ainda melhor:

"A minha irmã chegou a não ter mais forças para resistir. Ela pedia para Deus levar ela para que ela não desse trabalho para mais ninguém. Mas nós nos reunimos em oração, pedimos para que ela ficasse boa. Ela fez quimioterapia e hoje ela está lá em casa, graças a Deus! Ela não precisou tirar toda a mama e hoje está se restabelecendo. É uma bênção! É a prova de que a fé move montanhas e a união da família também, porque existe amor. Ano que vem, vamos trazer ela aqui na igreja de Nazaré para agradecermos juntas!", comemora.

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Apesar do pique e da assiduidade no Círio de Nazaré, este foi o primeiro ano de Marcus na Romaria dos Corredores. Ele chegou por volta das 5 horas da manhã, em frente à Basílica Santuário de Nazaré e terminou a corrida, junto com os demais romeiros, por volta das 7h30, ainda mais revigorado, segundo ele.

"Tem que estar na pista!", comemora. "Eu corro por devoção à nossa mãezinha que faz tanto milagre nessa terra. Sou muito grato. É uma emoção grande, até de arrepiar, pela fé que temos".

Belém