MENU

BUSCA

Remédios contra covid-19 têm acesso difícil e variação de preços

Não é fácil receber atendimento por telefone e, também, presencialmente

Eduardo Rocha

O que fazer? É a pergunta que os moradores dos bairros de Belém se fazem diante das dificuldades em se proteger do novo coronavírus, o que envolve acesso à medicação preventiva em falta no mercado e com variação de preços, diante da falta de leitos para pacientes acometidos da covid-19.

" alt=" image " height="511" layout="responsive" width="768" >

Fiscalização

O diretor do Procon Pará, Nadilson Neves, destaca que “há uma grande variação entre as farmácias de manipulação e as drogarias, mas não tem como saber o percentual, porque começamos esse trabalho agora, e a gente está aguardando as notas fiscais desses medicamentos no Procon do Estado do Pará”. “A gente vai continuar, nesta semana, com esse trabalho ainda”, disse.

Nadilson Neves destacou que o que tem chamado a atenção do Procon Pará “é certamente o preço dos medicamentos em Belém”, ou seja, a diferença de preço entre os praticados pelas farmácias de manipulação e as drogarias em geral.

“E a gente se reuniu com a associação das farmácias de manipulação do Estado do Pará e também a associação nacional para eles apresentarem uma justificativa dos preços desses medicamentos, como a ivermectina, a Azitromicina, a cloroquina nas farmácias de manipulação. A gente pediu essa justificativa, e eles nos deram. E também vamos fazer um trabalho em cima dessas farmácias. Qual o trabalho? De fiscalizar, pedindo as notas fiscais dessas farmácias, para ver se estão praticando um preço abusivo, sim ou não, desses medicamentos de combate a covid-19. Além das farmácias de manipulação, vamos também fiscalizar as drogarias da Região Metropolitana de Belém, para verificar se realmente há um preço abusivo nesses medicamentos”, reiterou o diretor do Procon Pará.

Dirigentes da Associação Nacional dos Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag) informaram ao Procon do Pará, em reunião na semana passada, que contribuíram, entre outros fatores, para a alta dos preços o aumento dos custos dos insumos necessários para a fabricação dos medicamentos e contratações de funcionários para atender à demanda. 

Acompanhamento

O Conselho Regional de Farmácia do Pará (CRF/PA) monitora o funcionamento das farmácias em Belém com relação à alta demanda pelo medicamento azitromicina. Como informa o CRF-PA, os protocolos do uso de azitromicina estão associados à hidroxicloroquina e cloroquina foram estabelecidos pelo Ministério da Saúde. A entidade verifica uma grande procura pela medicação na capital paraense. “Devido ao número de prescrições deste medicamento para casos suspeitos da covid-19 e outras patologias, o estoque normal do medicamento não foi suficiente para suprir a demanda”, é identificado pelo Conselho. O CRF/PA não acompanha diretamente o estoque e dispensação em farmácias, mas constata que a falta do medicamento ocorre pelo menos nas últimas 3 semanas.

A farmácia de manipulação é, de acordo com o CRF/PA, uma opção para que a população adquira o medicamento de forma confiável. As apresentações da azitromicina são: 500mg com 3 comprimidos, 500 mg com 5 comprimidos, 1g com 1 comprimido e as apresentações em suspensão 600, 900 e 1,5 mg. “O aumento na procura do medicamento ocorreu a partir do momento em que o Ministério da Saúde divulgou a suposta eficácia e adotou como protocolo de tratamento para o vírus, junto com a cloroquina. A azitromicina sempre necessitou de receita médica por se tratar de controlados. A cloroquina passou a necessitar a partir da associação ao tratamento da covid-19.

Por causa da falta desse medicamento em farmácias, drogarias e unidades de saúde, o CRF/PA enviou ofício solicitando a intervenção junto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para flexibilizar a RDC 58/2014 que trata da intercambialidade da prescrição com a Denominação Comum Brasileira para marcas similares, visando facilitar o atendimento dos farmacêuticos na farmácia e do paciente. Desta forma, caso a portaria venha a ser flexibilizada, o paciente que tiver a prescrição da azitromicina e não encontrar o produto disponível, poderá adquirir qualquer outra marca do produto, como informou o Conselho Regional de Farmácia do Pará.

Belém