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Pupunha: confira os benefícios do fruto para a saúde e veja quem pode consumir

Consumidores aproveitam a baixa de preços, ao fim da safra, no Ver-o-Peso

Camila Guimarães

Ícone da culinária paraense, a pupunha é uma das melhores pedidas na merenda da tarde, acompanhada de café preto. Com o período de frutificação entre dezembro e março, a safra do fruto amazônico está perto de chegar ao fim. Por isso, consumidores aproveitam a grande oferta e a baixa nos preços para levar o fruto para casa.

No tradicional mercado do Ver-o-Peso, em Belém, a lojista Sheilene Gomes aproveitou a manhã para garantir 50 quilos de pupunha e abastecer o restaurante do tio, em Palmas, no Tocantins. “Eu sempre venho, compro e mando pra ele. É mais fácil encontrar nesse período da chuva né? Aí eu aproveito”.

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Como uma boa fã de pupunha, Zilma diz que toda hora é hora aproveitar o fruto: “Eu estou levando um pouquinho hoje, mas da outra vez eu levei um cacho inteiro. Aí eu cozinho e fico comendo, de manhã, de tarde. Enquanto tiver eu fico comendo. Às vezes como com farinha também”.

Para Roberto Marques, feirante no Ver-o-Peso há 33 anos, este mês é o auge das vendas, quando a produção ainda está em alta e os preços costumam baixar. “Logo no começo da safra, ela está mais cara. Chega a 10, 15 reais o quilo. Agora o preço cai para cinco, sete reais. Ainda vai dar muita pupunha até maio, eu acredito. É a época da fruta do inverno que a gente chama”.

Já Deusa, feirante também há 33 anos no local, dá dica de como saber quando a pupunha está boa mesmo: “A nossa melhor pupunha mesmo vem de Capanema. Você sabe quando ela está boa se tiver bicada de passarinho nela”, explica. “Ou você arranha ela assim e, se sair a umidade, é porque ela está boa mesmo”.

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Ela também conta que qualquer pessoa pode comer pupunha, sem restrição de idade. Entretanto, é necessário avaliar individualmente casos de pessoas que tenham algum tipo de comorbidade e sigam uma dieta mais restrita, “a exemplo de pacientes diabéticos, que precisam controlar a ingestão de carboidratos e gordura”, alerta.

Isso porque a pupunha pode ter de 2% a 30% de óleo (lipídeos), o que está diretamente ligado à percepção do sabor da fruta, pelos paraenses, conforme observa Raphaela: “Essa talvez seja a variação mas querida pelos paraenses, que associam esse teor de gordura ao melhor sabor do fruto. Nesse caso, o consumo deve ser consciente. Vale à pena consultar um profissional para ajustar o consumo à rotina de forma individual”, orienta a médica.

Belém