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Projeto pretende transformar Belém em centro de Inteligência Artificial

O objetivo da implementação do projeto é inserir Belém como cidade colaborada, como já ocorre com o município de Canaã dos Carajás, no Pará

O Liberal

O comitê gestor do projeto Centros de Pesquisa Aplicada em Inteligência Artificial (CPA Iara), formado por um consórcio de universidades, entre elas a Universidade Federal do Pará (UFPA), apresentou, nesta quinta-feira (17), ao prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, a iniciativa que pretende implementar, analisar e validar soluções em cidades dispostas a serem laboratórios abertos utilizando Inteligência Artificial. 

O objetivo da implementação do projeto é inserir Belém como cidade colaborada, como já ocorre com o município de Canaã dos Carajás, no Pará, assim como Recife, Fortaleza, Niterói e outras cidades, além de transformar a capital paraense em uma Smart City.

A chamada Smart City tem como objetivo melhorar a qualidade de vida da população e manter o desenvolvimento econômico por meio de operações urbanas mais eficientes, amparadas por Internet das Coisas e inteligência artificial.

O prefeito Edmilson Rodrigues afirmou que Belém tem interesse em participar do projeto. "Belém tem total interesse de participar dessa construção sinergética. É uma forma de retomar a ideia do que foi o Cadastro Técnico Multifinalitário, instrumento de planejamento territorial, baseado no sistema de formação geográfica. Estamos buscando tecnologia, nos transformar em cidade inteligente e fazer essa inovação", comentou.

"Nós vamos dar passos muito importantes dessa perspectiva de Belém como cidade inteligente, só que não é inteligente baseado apenas nas ciências e em outras tecnologias, é inteligente porque são novas ideias, são inovações", completou o chefe do poder executivo municipal. 

De acordo com o prefeito, a Secretaria Municipal de Coordenação Geral do Planejamento e Gestão (Segep) já está em contato com o comitê para o planejamento dos próximos passos da implementação

Na avaliação do diretor de relações institucionais nacional do projeto, o professor Renato Francês, Belém pode vir a se tornar uma cidade referência na área da tecnologia. "Belém tem desigualdade, como outras cidades, e a tecnologia vem como apoio para potencializar melhorias da qualidade de vida da população da cidade como um todo. O objetivo do Iara é formar capital humano, fazendo com que no futuro Belém se torne um porto digital".

Canaã dos Carajás 

Em Canaã dos Carajás, a iniciativa foi a gênese do Projeto IARA (Inteligência Artificial Recriando Ambientes), uma rede nacional, coordenada pelo professor André Carvalho, do Instituto de Ciências Matemática e Computação da USP (ICMC/USP), que contempla 35 universidades brasileiras, 15 universidades estrangeiras, 98 pesquisadores, oito fundações estaduais de amparo à pesquisa, seis prefeituras e grandes empresas do setor privado.

Aplicações como relógio inteligente que mapeia dados de saúde dos pacientes, envia para um sistema onde os profissionais de saúde podem acompanhar qualquer variação anormal e intervir de forma preventiva; scanner que identifica os alunos que adentram no transporte escolar e avisa aos pais o horário de entrada e de saída; aplicativo que permite aos cidadãos informar sobre demandas como troca de lâmpadas, ou buracos nas vias; e um sistema que permite a detecção aérea de lixo acumulado, água parada, e até animais nas vias validadas em testes no município, com uma amostra do público final, para que sejam feitos eventuais ajuste e possam ser utilizadas no dia a dia.

Belém