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Projeto da Prefeitura de Belém atende transexuais e travestis que atuam como profissionais do sexo

Especialistas fizeram atendimento ao longo da avenida Almirante Barroso

O Liberal

Em uma da ações do do projeto Olhar Noturno, desenvolvido pela Coordenadoria de Diversidade Sexual (CSD) da Prefeitura de Belém, especialistas atenderam a transexuais e travestis que atuam como profissionais do sexo ao longo da avenida Almirante Barroso, no último final de semana. O projeto tem como objetivo levar ações de saúde, cidadania e direitos humanos a estas profissionais e conta com parcerias da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), da Secretaria Extraordinária de Direitos Humanos (SECDH) e o Banco do Povo de Belém.

De acordo com a Prefeitura, devido à condição de vulnerabilidade em que se encontram essas profissionais, a CDS mobiliza ações em pontos estratégicos, levando informações sobre saúde e promovendo a distribuição de preservativos, bem como orientações para recorrer à CDS em casos de homofobia, para serem realizadas as devidas providências.

A coordenadoria também se responsabiliza em levar insumos para as casas de apoio. Segundo a assessora da CDS, Carolina Fonseca, esta etapa inicial que ocorre nas ruas é seguido de uma ação posterior na própria sede da coordenadoria. “As ações nas ruas têm a intenção de sensibilizar e criar um vínculo, para que elas possam chegar até a coordenadoria em outro momento, para um atendimento e acolhimento melhor”, explica. 

O projeto Olhar Noturno passa pelo quarto mês de atividades e nesse período foram atendidas aproximadamente 17 pessoas. A primeira atividade externa foi realizada no bairro do Marco. Belém enfrenta, hoje, a falta de um censo que quantifica a população de mulheres trans e travestis profissionais do sexo e onde elas se encontram. Devido a isso, a CDS se compromete em uma busca ativa de dados mais profundos, com o apoio de grupos como os Movimentos Sociais Trans e o Grupo de Mulheres Prostitutas do Estado do Pará, para traçar um planejamento mais estruturado que atenda mais profissionais do sexo.

A próxima ação está prevista para ocorrer na rodovia BR-316. De acordo com informações colhidas por elas, existem mulheres trans e travestis que residem na capital, mas exercem suas atividades na saída da cidade.

Na próxima etapa de ações, que ocorrerá na própria CDS, será feito o cadastro das profissionais para os cursos de capacitação que serão oferecidos pela coordenadoria, assim como incentivar e dar seguridade para que elas terminem os estudos. Também será realizado um mutirão com vários atendimentos de cidadania, como emissão de documentos com nomes sociais, auxílio em questões de saúde, emissão do cartão do SUS, exames médicos e consultas.

Belém