Projeto da Ufra oferece consultas e exames para cavalos, burros e jumentos
A ação será realizada no próximo sábado (25), na Sede da Seção Sindical da universidade, em Belém
No próximo sábado (25), será realizada a 16ª Ação Cavalo de Tração, iniciativa que faz parte do Projeto Carroceiro, da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). O evento promove atendimentos gratuitos, como consultas e exames, para cavalos, burros e jumentos utilizados por carroceiros no trabalho de tração. O serviço será das 8h às 16h, na Sede da Seção Sindical da Ufra (Sindtifes-Ufra), no bairro da Terra-Firme, em Belém.
A ação conta com apoio de professores, da turma do 8° semestre de Medicina Veterinária e da equipe fixa do Projeto Carroceiro, que existe desde 2003 e atua no combate contra os maus tratos a equinos, além de promover a reabilitação desses animais. Em 2021, a iniciativa promoveu adoção de oito animais reabilitados.
Segundo o coordenador do projeto, professor Djacy Ribeiro, todos os animais encaminhados à universidade apresentaram maus-tratos, má alimentação e foram submetidos a excesso de carga e violência.
“Esses animais têm a função socioeconômica na região periférica. Mas por outro lado, não cabe ver ou acompanhar essa violência. Há algumas propostas para mudar essa situação, entre elas estão os cursos profissionalizantes aos carroceiros, financiamentos por bancos populares, emendas parlamentares para custeio de transportes manuais, como os carros de lata e outras alternativas que vem dando certo no Brasil e que podem ser copiadas”, alertou.
Os animais oriundos de apreensão recebem tratamento por meio da internação, cuidados clínicos, reabilitação e convivência com o grupo da iniciativa. Após o período de atenção médica, são disponibilizados para a adoção, em que o procedimento é realizado pela Delegacia de Meio Ambiente do Pará (Demapa).
Os interessados devem comparecer ao Demapa com apresentação dos documentos pessoais e comprovar o título de propriedade com capacidade para manutenção dos equinos.
“São animais alegres, amigos e podem ser criados como pets, no convívio diário, lógico que com um manejo e trato diferente de gatos e cães. Nos sítios, como os cavalos se alimentam de capins e gramas, os tutores ainda podem poupar gastos com máquinas na manutenção dessas áreas. Tudo isso além de ganhar afago, carinho e de ser um gesto nobre de responsabilidade social, por se tratar de um animal oriundo de maus tratos e vítima da violência social”, afirmou o coordenador Djacy.
(Vitória Reimão, estagiária sob a supervisão do coordenador do Núcleo de Atualidades, João Thiago Dias)