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Volta às aulas: em Belém, formato não presencial será reavaliado em duas semanas

Decisão foi tomada nesta segunda-feira (25), durante reunião entre Ministério Público e Prefeitura Municipal

O Liberal

Durante uma reunião virtual nesta segunda-feira (24), entre o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) e Prefeitura de Belém, representantes das secretarias municipais de Educação (Semec) e da Saúde (Sesma) fizeram esclarecimentos aos promotores de Justiça sobre como está ocorrendo o início do ano letivo de 2022, que acontece em formato não presencial, por causa do aumento de casos de síndrome gripal e da covid-19 na cidade.

As promotoras Ioná Nunes e Fábia Fournier, que estiveram presentes na reunião, juntamente com o promotor Carlos Eugênio Rodrigues, aconselharam os órgãos municipal e estadual a trabalharem de forma integrada, assim como pensarem alternativas para garantir a segurança dos estudantes.

Uma nova reunião ficou agendada para o próximo 31 de janeiro deste ano, envolvendo MPPA e órgãos de Saúde e Educação do Município de Belém e do Governo do Pará, com o objetivo de avaliar novamente o cenário epidemiológico da capital.

“A decisão tomada de adiamento na rede municipal é acertada, porque a maioria das crianças ainda não está vacinada. Nas próximas duas semanas, iremos avaliar novamente e tudo indica que vamos passar o próximo mês de fevereiro com essa alta de casos”, informou o diretor do Departamento de Vigilância em Saúde da Sesma, Cláudio Guedes Salgado.

Aumento de casos

Segundo ele, a flexibilização dos cuidados sanitários e a liberação de alguns espaços, provocando aglomeração, mesmo com pessoas vacinadas, "está contribuindo para o crescimento de casos na capital e até de óbitos, mesmo que seja em um percentual bem menor".

“Já vacinamos mais de 20 mil crianças com a vacina da Pfizer e a nossa intenção é vacinar cerca de 40 a 50 mil crianças nas próximas duas semanas. São mais de 140 mil que precisam ser vacinadas”, disse o titular do Departamento de Vigilância em Saúde do município.

Ele informou que, atualmente, o imunizante aplicado nas crianças é a Coronavac e, com 28 dias de vacinadas, podem receber a segunda dose. Mas, enfatizou que, para isso, "precisamos também que os pais aceitem a vacinação e autorizem”. 

Parceria

A secretária de Educação, Márcia Bittencourt, destacou que a decisão de iniciar o ano letivo de 2022 de forma não presencial deve ser compartilhada entre a esfera municipal e estadual. 

“Neste momento, não podemos fazer uma leitura diferenciada do momento que vivemos, tanto na saúde, quanto na educação. A vacinação é importante, mas ainda não é 100%”, disse Márcia Bittencourt, ao criticar a liberação de alguns espaços onde as pessoas, mesmo as que estão vacinadas, não cumprem os protocolos de biossegurança.

Belém