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Prédio na Campina é desocupado após duas horas de negociações com a PM

O local escolhido para a ocupação é um prédio condenado pela Defesa Civil, que anteriormente foi a Seccional do Comércio e que foi inutilizado

O Liberal

Após duas horas e meia de negociações com a Polícia Militar, manifestantes desocuparam um prédio histórico de três andares no bairro da Campina, em Belém, na tarde desta terça-feira (28). A principal reivindicação dos manifestantes era por moradia. O local escolhido para a ocupação foi um prédio do Governo do Estado, condenado pela Defesa Civil, e onde outrora funcionou a Seccional do Comércio. 

Membros do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) ocuparam a edificação ainda durante a madrugada. A ação foi acompanhada ao longo da tarde por pelo menos 80 policiais militares e 10 agentes da Polícia Civil, além de agentes da Guarda Municipal, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil.

Mulheres, crianças, e idosos estavam no local, até a liberação do prédio após as negociações conduzidas pelo tenente-coronel Aquino, do Batalhão de Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas (Rotam). "Eles ocuparam o prédio do Estado na madrugada, com aproximadamente 80 famílias. Diante disso,  foram tomadas providências de alocação de efetivo da Polícia Civil e Polícia Militar para que o bem do Estado fosse retomado. Foi feito um diálogo incessante, onde foi evitado a todo momento a questão do uso da força e conseguimos que eles saíssem de maneira pacífica", pontuou o tenente-coronel Aquino.

Depois da liberação, homens do Batalhão de Choque entraram no prédio e fizeram uma varredura no local. "É um procedimento em que a Polícia Militar faz a varredura pra identificar se não há nenhuma outra pessoa, nenhum outro invasor", detalhou.

O prédio ocupado também oferecia risco aos manifestantes, já que corria risco de desabamento. "Esse prédio realmente não tem condição de uso, de habitabilidade. Há risco de desabamento de telhado, as escadas estão em risco, os pisos entre os pavimentos têm risco de desabamento. É um material antigo, já é um prédio histórico não conservado, então o risco era iminente e considerável", decretou o tenente-coronel Pablo, chefe do Centro de Atividades Técnicas (CAT), do Corpo de Bombeiros.

Belém