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População ainda tem sensação de insegurança no Centro Comercial de Belém

Avenida João Alfredo, Rua 13 de Maio, Rua 15 de Novembro e feira do Ver-o-Peso seriam as áreas em que mais ocorrem assaltos

Redação Integrada

No último final de semana, a Secretaria de Segurança Pública do Estado (Segup) lançou a Operação Boas Festas, prometendo colocar na Grande Belém e demais regiões paraenses 6,6 mil policias militares como reforço no policiamento. Porém, no Centro Comercial de Belém e áreas adjacentes, a sensação de insegurança ainda é sentida por quem trabalha pelo lugar e pelos consumidores, que nessa época procuram mais o Comércio, principalmente, às compras de final de ano. 

"Me sinto insegura aqui. Trouxe apenas minha bolsa pequena e dentro dela só meu celular e cartão de crédito. Mas, ainda assim, ando com medo, porque falta policiamento nesse período. Essa é uma época que tem muito furto e assalto aqui, porque os ladrões sabem que a gente está com dinheiro para compras do Natal. Desci toda a avenida João Alfredo agora e não vi nenhum policial. Se o telefone tocar, tenho que ir para dentro de uma loja para atender, pois tenho medo", contou a estudante de Administração, Kelly Dias, 29 anos, que mora no Umarizal e segurava a bolsa na frente do corpo quando andava pelo Centro Comercial. 

Segundo um taxista, que tem 40 anos e faz ponto há duas décadas em frente à Igreja Nossa Senhora das Mercês, na Rua 13 de Maio, entre as Ruas Campos Sales e Frutuoso Guimarães, somente nesta quinta-feira, 13, ele percebeu reforço no policiamento na área, onde por volta das 10h30, havia três policiais militares.

"No sábado havia bastante policiais. Domingo não sei, porque não trabalhei. Mas na segunda, terça e quarta também não vi muito policiamento. Já nesta quinta estou vendo eles aqui de novo. À noite o Comércio é um caos, as lojas são roubadas. Até pela parte do dia as pessoas têm relógios e celulares roubados. Normalmente, pela manhã, os bandidos vêm em grupo de três pessoas e usando facas. À noite não sei dizer bem como acontece, mas ocorre sim", disse o taxista. 

Ainda segundo ele, a situação no Centro Comercial de Belém piorou desde que a Seccional do Comércio saiu daquela área. "Ficou mais ruim desde que a Seccional saiu daqui, porque era mais uma autoridade que havia neste lugar. Se com a Seccional aqui, os bandidos já não respeitavam imagina agora... O Comércio está mais abandonado em relação à segurança pública. Tem que melhorar, pois isso é ruim porque afasta os consumidores e os turistas, e todos saímos perdendo. Há sete anos era melhor e lembro que as pessoas vinham com menos medo", lamentou o profissional. 

A Seccional do Comércio mudou-se para a rua Avertano Rocha, próximo à travessa Padre Eutíquio, na Campina, onde fica a antiga Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe), que agora está localizada no Marco. 

Ainda de acordo com informações de trabalhadores, as áreas em que mais ocorrem assaltos no Centro Comercial são as que têm maior fluxo de pessoas, como a Avenida João Alfredo, Rua 13 de Maio, Rua 15 de Novembro e a área da feira do Ver-o-Peso. 

Em nota, a Polícia Militar informa que durante o período de festas de fim de ano o policiamento é reforçado nas áreas de grande circulação de pessoas na capital e no interior do Estado. O 2º Batalhão da Polícia Militar, responsável pelos bairros Nazaré, Umarizal, Reduto, Campina e Cidade Velha, em Belém, atua com reforço de 240 policiais militares na área comercial desde o lançamento da “Operação Boas Festas 2018”, no último sábado (8).

Além dos 500 policiais que já trabalham na área, estão sendo empregados trios de policiamento a pé nas principais transversais da Avenida Presidente Vargas, além de serem reforçadas as rondas em viaturas e motos. Desde terça-feira (12), um grupo de 17 alunos-oficiais da Academia de Polícia Militar estagiam na área comercial de Belém sob a supervisão de oficiais. Inclusive, na manhã de quarta-feira o Comando de Policiamento da Capital I, por meio do 2º batalhão, distribuiu os pontos de policiamento na Rua Santo Antônio com a avenida Presidente Vargas; rua Conselheiro João Alfredo com avenida Portugal, Rua 15 de Novembro com Travessa Frutuoso Guimarães, Praça Brasil, Rua Conselheiro João Alfredo com Rua Padre Eutíquio, Travessa Campos Sales com Rua 15 de Novembro e no Complexo Ver-o-Peso, como mostram as fotos em anexo neste email. 

Na região metropolitana, 400 policiais militares são empregados diariamente nas ruas de Ananindeua, Marituba e Benevides. O reforço, que prioriza os centros comerciais e as áreas bancárias, também conta com apoio do Batalhão de Polícia Rodoviária na rodovia BR-316, que trabalham integrados ao o 6º, 21º, 29º e 30º batalhões e à 2ª Companhia Independente de Polícia Militar, em Benevides. Cerca de 20 alunos do Curso de Formação de Oficiais (CFO) também integram o reforço na RMB, sob a supervisão dos oficiais do Comando de Policiamento da  Região Metropolitana (CPRM).

Belém