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Pessoas com deficiência e familiares fazem ato na Praça da República

O movimento "Eu empurro essa causa" quer a revisão das regras do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo mensal às pessoas com deficiência

O movimento nacional "Eu empurro essa causa" realiza, na manhã desse sábado, 16, uma ação na Praça da República em prol de melhorias no Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo mensal às pessoas com deficiência e idosos com 65 anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção, nem de tê-la provida por sua família.

No Pará, o movimento conta com atuações em Belém e Santa Luzia. Coordenadora da iniciativa na capital paraense, Nadiene Silva explicou que a mobilização ocorre, nesse sábado, simultaneamente em todo o Brasil, e tem como objetivo “divulgar o "Eu empurro essa causa" e colher mais assinaturas manuais e para a petição online acerca da revisão do BPC". De acordo com ela, o objetivo do grupo é atingir, em todo o país, 2 milhões de assinaturas, "para que possamos levar, por meio de uma comissão, nosso projeto para o plenário, em Brasília, para que uma lei que trata sobre o BPC e está arquivada, seja revista e votada".

Nadiene explica que o movimento iniciou após diversos relatos de mães de pessoas com deficiência começarem a aparecer no Facebook alegando a perda do BPC. Ao procurarem saber o motivo, a coordenadora conta que foi identificado que a principal causa de suspensão ou bloqueio do BPC “é a família ultrapassar a renda de um quarto de salário mínimo por membro da família, o que dá em torno de R$ 250 para cada". De acordo com ela, com esse valor, "é impossível manter uma pessoa com deficiência".

Para ela, é preciso que a lei passe a permitir que a renda da família seja maior. “Se outros familiares puderem trabalhar e o benefício for mantido, conseguiremos somar os valores e melhorar a vida dessas pessoas".

Uma das principais parcerias do projeto em Belém é a Comissão de Proteção aos Direitos das Pessoas com Deficiência, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PA). Secretária adjunta da comissão, Maria Laura Mamoré ponderou que a parceria visa, principalmente, "ajudar a melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência e seus familiares, além de conscientizar a sociedade de que todos são seres humanos e precisam ser respeitados".

Estudante de psicologia, Andreza Carolina, 24, tem poliomielite - vírus que leva a perda muscular. Cadeirante, ela afirma que, com o movimento, pessoas com deficiência passaram a lutar por um espaço na sociedade. “O movimento faz a gente se sentir mais especial e querer lutar mais pelas nossas causas".

 

Belém