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‘Peço que ajudem’, diz mulher sobre criança que vende cocada nas ruas de Belém

Kátia viralizou nas redes sociais ao compartilhar uma foto do pequeno Valdecir, de 10 anos, ao lado do primo, deficiente visual

O Liberal

No último domingo (5), a paraense Kátia Rodrigues registrou uma cena, no bairro Batista Campos, que viralizou nas redes sociais. Ela estava no serviço quando viu Valdecir, uma criança de apenas dez anos, ajudando o primo Ewerton, que é deficiente visual, a vender cocadas para auxiliar no sustento da família. 

A moça divulgou no Facebook um relato emocionado pedindo que as pessoas pudessem ajudá-los. “Hoje conheci esse camaradinha Valdecir (...) guia aqui pelas ruas do centro de Belém o seu amigo Ewerton que é deficiente visual, eles vendem cocada (que aliás é uma delícia). (...) Peço de todo meu coração que se verem eles comprem (se puder) a cocada do Ewerton”, escreveu na legenda. 


Mas, o que Kátia não imaginava era que um simples gesto iria alcançar, até a tarde desta segunda-feira (6), 5,6 mil compartilhamentos. Em entrevista ao portal O Liberal, ela afirmou estar se sentindo muito emocionada pelo desdobramento da postagem,  pois várias pessoas se disponibilizaram a ajudar.  

“Confesso que no primeiro momento não vi que o Ewerton era deficiente visual. Avistei eles na calçada do outro lado da rua e chamei. Quando vi ele colocando a mão no ombro do Valdecir fiquei até sem ação. Aquilo me tocou de uma forma tão grande que é inexplicável”, contou, visivelmente sensibilizada. 

“Então, comprei as cocadas e pedi que ele não me desse o troco. Dei uma barrinha de chocolate para o Valdecir e perguntei se eu poderia tirar uma foto e postar nas redes sociais que assim as pessoas iam ver e eles poderiam vender mais cocadas, o Valdecir falou: “então, a gente vai vender tudo? Então tá tia””, continuou.

Família vive em vulnerabilidade social no bairro do Aurá

O pequeno Valdecir e Ewerton são primos e moradores do bairro do Aurá, em Ananindeua, na grande Belém. Eles costumam andar nas ruas do centro da cidade aos finais de semana para realizar as vendas de cocadas, mas não possuem um ponto fixo. Com o dinheiro dos doces, a dupla consegue ajudar a família que passa por dificuldades financeiras. Mas, os problemas enfrentados por eles não param por aí.

Após a publicação de Kátia repercutir na web, uma vizinha de Ewerton, chamada de Vitória Oliveira, entrou em contato com a moça e relatou que o menino e o primo vivem em situações bem precárias. 

“A situação dele é bem crítica. O chão não é cimentado e quando bate a chuva alaga tudo. A água invade e eles ficam dentro da lama. [Moram] três crianças especiais [na casa], [uma é] cadeirante e outros são deficintes visuais”, disse a jovem.

 

Belém