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Parkinson: evento em shopping de Belém, nesta terça-feira, conscientiza a população sobre a doença

“A Doença de Parkinson não tem cura, mas tem tratamento e controle. Não precisa ter medo e nem preconceito”, diz fisioterapeuta Erika Grunvald

Dilson Pimentel

A Doença de Parkinson não tem cura, mas tem tratamento e controle. Esse é um dos temas abordados durante o evento "Caminhar com Parkinson", que ocorre, nesta terça-feira (11), das 12 às 21 horas, no 3º piso do Boulevard Shopping, em Belém.

A programação, realizada no Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, foi idealizada pela fisioterapeuta Erika Grunvald, em parceria da Clínica Grunvald e o shopping. O objetivo do evento é mobilizar a sociedade em prol dessa causa, orientar e conscientizar a população sobre a doença.

“A gente não precisa ter medo e nem preconceito em relação à doença”, disse a fisioterapeuta Erika Grunvald. A doença é geralmente associada apenas ao tremor. Mas nem todo tremor é Parkinson.

outros sintomas que são importantes. E conhecê-los é importante para que haja o diagnóstico precoce, para que a doença não evolua tão rápido. Outros sinais são a rigidez muscular - que, inclusive, gera uma dor - e a lentificação dos movimentos. “Não é só a lentificação, mas é uma diminuição da amplitude dos movimentos”, disse.

“Um teste que a gente usa muito dentro do consultório: a gente pede para o paciente fazer pinça de forma rápida e esse paciente vai começando a diminuir o movimento. Então são os três sintomas motores mais vistos”, afirmou.

“A gente conhece muitos sintomas motores. Só que a gente sabe hoje que, antes dos sintomas aparecerem, alguns sintomas não motores podem começar a dar um sinal de alerta”, disse a fisioterapeuta Erika Grunvald.

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A doença se manifesta normalmente em pessoas mais velhas, mas não é exclusiva das pessoas idosas

Outros sinais são alteração no sono, aquela alteração que o paciente se mexe muito durante a noite e tem sonhos muito vívidos. Ou então pacientes que passam a ter processo de constipação (prisão de ventre), o que não ocorria antes, ou, também, uma alteração de humor.

“São alguns sintomas não motores que vão acendendo uma luzinha, que não necessariamente precisa ser Parkinson, mas a gente precisa investigar”, disse. O diagnóstico é exclusivamente clínico. “Não existe um exame exclusivo para que a gente faça e confirme o diagnóstico. Então o diagnóstico é clínico a partir desses sintomas que a gente está falando e, aí, é feito o acompanhamento”, afirmou.

A doença se manifesta normalmente em pessoas mais velhas, mas não é exclusiva das pessoas idosas. Hoje em dia há pacientes com 35, 39 anos diagnosticados com a doença.

É possível ter uma vida de qualidade com Parkinson, diz fisioterapeuta

O diagnóstico não é um destino. O fato de você ter um diagnóstico não quer dizer que a sua vida acabou, que você tem que parar de trabalhar, que você tem que largar os seus sonhos”, disse a fisioterapeuta Erika Grunvald. A ideia é que, com a medicação e com a reabilitação, os pacientes consigam realizar os seus sonhos.

"Dependendo da fase em que o paciente se encontra, a gente tem certeza que o Parkinson vai evoluir. Em quanto tempo, com que intensidade, isso vai muito de paciente para paciente. A gente sempre diz que não existem dois pacientes iguais", disse.

"Então a ideia é que, quanto mais cedo a gente diagnosticar, quanto mais cedo a gente entrar com o tratamento medicamentoso e o tratamento de reabilitação, mas a gente consegue dar qualidade de vida a um longo período para esse paciente”, afirmou.

 

 

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