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Pará já registra 85 casos de doença de Chagas em 2022; foram 287 no Estado em 2021

Dados são da Sespa que intensifica capacitação de profissionais de Saúde para diagnóstico da enfermidade

O Liberal

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informa que, no ano passado, o Pará registrou 287 casos de doença de Chagas. De janeiro a julho deste ano, já são mais 85. No Pará uma média histórica nos últimos dez anos registra que em pelo menos 80% dos casos da doença de Chagas confirmados a transmissão foi oral, associada à ingestão de alimentos, como açaí e bacaba contaminados pelas fezes do protozoário Trypanosoma cruzi, que está no inseto conhecido como barbeiro. 

A Sespa alerta a população para a importância do diagnóstico precoce, fundamental para o não agravamento da doença. Isso porque quanto mais tempo leva para o paciente iniciar o tratamento, mais danos o parasito causa no organismo, principalmente no coração.

Foco

Diante desse cenário, integrantes da Secretaria de Saúde  prosseguem atuando em municípios do interior, na orientação a profissionais de Saúde sobre prevenção, diagnóstico e seguimento nos casos de doença de Chagas. Os técnicos estiveram recentemente em Monte Alegre, no Oeste do Pará, que desde junho já confirmou cinco casos da doença.
 
“As ações buscam orientar os profissionais de Saúde, principalmente aqueles diretamente envolvidos com as ações da Vigilância e da Atenção Básica do município, sobre as estratégias prioritárias em relação ao combate à doença de Chagas. Também instruímos a gestão municipal sobre os indicadores de acompanhamento da enfermidade, para que o município possa desenvolver as ações certas em tempo oportuno”, destaca o coordenador do Programa de Controle da Doença de Chagas, Eder do Amaral Monteiro.

Em Monte Alegre, atuaram na prevenção (incluindo treinamento para batedores de açaí), suspeição, notificação e condução dos casos de surto. “O intuito é qualificar os técnicos das secretarias, como já foi feito em Curralinho, Bagre, Cametá e Oeiras do Pará, para que as ações realizadas junto aos municípios sejam ainda mais efetivas, em especial o assessoramento técnico e as atividades de campo, incluindo as de controle vetorial e o fluxo do atendimento em hospitais e unidades de Saúde dos municípios, além de definir ações conjuntas de prevenção da doença de Chagas”, ressalta Eder Monteiro. Trabalho semelhante já foi feito neste ano em outros municípios paraenses.

Notificação e exame

Um paciente com suspeita da doença precisa ser logo notificado e imediatamente encaminhado para exame e início do tratamento, visando à redução das sequelas, já que a doença de Chagas não tem cura.

Todo paciente agudo poderá se tornar crônico, com ou sem sequelas. Embora a sorologia do paciente possa dar negativa para a doença após algum tempo, o parasito poderá permanecer no tecido, e o estrago que faz no coração é irreversível. Por tudo isso, o paciente com Chagas recebe medicamento específico, em média, por dois meses, e permanece sendo acompanhado pelo período de, no mínimo, cinco anos.

Atendimento

Como repassa a Sespa,  a pessoa que apresentar sintomas da doença como febre persistente, dores no corpo, inchaço, palpitações e cansaço deve procurar Unidades de Pronto Atendimento (UPA's), Prontos Socorros ou Unidades Básicas de Saúde para então ser diagnosticada e encaminhada ao tratamento adequado.

Belém