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OUÇA: exercícios físico intensos podem afetar o coração

Cardiologista, em entrevista à Rádio Liberal, fala sobre a importância de se preparar antes de fazer exercícios

Celso Freire

Após a morte repentina de Aelton Guimarães Braga Silva, de 20 anos, durante os testes de aptidão física (TAF), para ingresso na Polícia Militar do Pará, os cuidados com as condições cardíacas vêm sendo reforçados por especialistas. Muitas pessoas fazem exercícios de alta intensidade na busca por corpo melhor e por mais saúde, porém, sem o devido preparo, ainda que talvez este não tenha sido o caso.

Aelton morreu no dia 4 deste mês, durante um TAF, um momento de muito estresse para o corpo e coração. Ainda não foi divulgado o laudo oficial do Instituto Médico Legal (IML), mas a principal suspeita é de um problema cardíaco desencadeado durante o exame físico. Os familiares afirmam que, ao longo da vida, Aelton nunca apresentou qualquer problema grave de saúde.

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O cardiologista Pedro Teixeira contou que problemas no coração podem causar morte súbita por conta do esforço físico. “Antes de fazer uma academia ou um esforço físico de maior intensidade, é preciso fazer uma consulta prévia, uma avaliação”, destacou durante entrevista ao jornalista Celso Freire, no programa Panorama Liberal, na Rádio Liberal AM.

Muitas dúvidas surgiram após o caso: até que ponto o coração pode matar durante um exercício físico? A máscara pode dificultar a respiração durante os exercícios? É possível fazer um teste de aptidão sem um laudo do coração?

O médico destacou que qualquer pessoa, mesmo apta a fazer exercícios, pode sofrer algum problema cardíaco, como por exemplo, tomar muito energético antes dos exercícios. “O energético tem poder trombogênico, que pode aumentar o risco do paciente. Não é comum, mas pode acontecer”, observou. Outras substâncias e situações mais específicas de cada pessoa podem influenciar no desempenho e saúde cardíaca durante um exercício.

Para concluir, Pedro Teixeira ressaltou que a máscara, necessária durante este tempo de pandemia, não impede a oxigenação adequada para um exercício. “O que pode ocorrer é a perda de rendimento apenas”, disse o cardiologista. 

Belém