Ophir Loyola passa por avaliação para implantação do serviço de transplante de medula óssea
Membros do Sistema Nacional de Transplante visitaram a unidade, para analisar se o hospital atende aos requisitos técnicos para realizar o procedimento
O Hospital Ophir Loyola (HOL), referência no tratamento das doenças hematológicas malignas em Belém, passou, na última terça-feira (18), por avaliação para implantação do serviço de transplante de medula óssea. Membros do Sistema Nacional de Transplante (SNT) visitaram a unidade, para analisar se o hospital atende aos requisitos técnicos para realizar o procedimento.
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A equipe técnica verificou aspectos de funcionamento do serviço de oncohematologia da instituição, como a estrutura física, equipamentos e pessoal. Segundo a diretora-geral do Ophir Loyola, Ivete Vaz, o procedimento vai beneficiar pacientes portadores de leucemia, linfomas e mielomas. Atualmente, o hospital realiza transplantes de rim e córnea.
“Cerca de 90% da demanda oncohematológica do Pará é assistida pelo HOL e são pacientes acometidos por doenças graves das células sanguíneas. Em razão desse fato, não temos medido esforços para facilitar a realização do transplante de medula óssea, a fim de evitar que pacientes precisem se deslocar para outros centros transplantadores do país", destacou.
Se o credenciamento for autorizado, o Ophir Loyola dará início à primeira fase do projeto, com a realização do transplante autólogo, ou seja, transplante de células-tronco, fundamental para o tratamento de linfoma e mieloma múltiplo.
“Esse método é realizado com a coleta da medula do próprio paciente, de onde serão retiradas as células por meio de aférese para serem congeladas e devolvidas no dia do transplante. Na segunda etapa, trataremos leucemias com o transplante alogênico, que ocorre com a doação de uma medula saudável para o enfermo”, explicou o oncologista Thiago Carneiro, que será responsável pelo serviço no HOL, caso haja parecer favorável.
HOL já vem se adequando às exigências do Ministério da Saúde
O especialista afirma que a instituição vem se preparando há anos para se adequar aos critérios exigidos pelo Ministério da Saúde e obteve análise positiva do SNT em visitas anteriores.
“A nossa equipe transplantadora será composta pelo responsável técnico, dois médicos e uma enfermeira treinada fora do Estado. Todos têm conhecimento técnico elevado para a realização desse procedimento. Em se tratando de estrutura física, o hospital dispõe de uma clínica de oncohematologia bem estruturada, com equipe multidisciplinar especializada e 16 leitos de internação, que assiste aos pacientes acometidos por enfermidades com indicação ao transplante. Hoje, não existe fila de espera para internação em nossa especialidade”, ressaltou o profissional.