Obras seguem tirando o sossego de moradores da rua da Paz, no Guamá
Via já completa uma semana bloqueada, em protesto pela lama e pelos buracos deixados pelo tráfego de veículos pesados
Eles entraram em pé-de-guerra para ter algum sossego: há uma semana, moradores da rua da Paz, cuja via principal é a avenida Tucunduba, na comunidade Riacho Doce, no Guamá, fecharam a via que dá acesso à quadra 1. Segundo eles, uma obra de engenharia vem causando transtornos e deixando a rua cheia de buracos e lama. A empresa responsável pelo serviço está contruindo um condomínio na vizinhança.
Para bloquear a rua, eles usaram pedaços de paus. A via está fechada desde o último dia 13 de janeiro. Os moradores reclamam que desde então nenhuma providência foi tomada pelas autoridades competentes e que a rua vem sendo sistematicamente danificada pelo intenso trânsito de veículos pesados usados pela empresa.
“Ergueram aqueles prédios ali. Uma caçamba pesada ficava passando por aqui e esburacou a rua todinha, de cima a baixo. Cavaram para fazer a tubulação dos prédios. A gente tem criança em casa, mas meus netos não podem nem brincar. Um vizinho aqui do lado ia sendo atropelado agorinha”, contou, na última quarta-feira, Miríam Silva de Souza Correa.
Na manhã desta quarta-feira (20), a Redação Integrada de O Liberal voltou ao local. A situação, que já era ruim, ficou pior. O desconforto causado pela lama e pelos buracos foi agravado com as chuvas que se intensificaram no fim de janeiro. Um idoso de 79 anos contou que quase foi atropelado por um caminhão.
Obra terminará em fevereiro
A Redação Integrada de O Liberal conversou com Luan Pinheiro, responsável pela obra, executada pela empresa Laje Construções. “Tivemos que tirar os bloquetes e por isso o terreno ficou descoberto e virou essa lama. Mas o caminhão (da empresa) não passa toda hora”, rebateu o engenheiro. “A retroescavadeira a gente até já devolveu, que era alugada. O único caminhão que vem é para deixar material e para trocar o contêiner que recebe os resíduos da obra, aí na frente”, explicou. “Não é só caminhão da nossa empresa que passa. Quando a rua está liberada, passam outros veículos e vans também”, afirmou.
A empresa diz que vai recompor a pavimentação. “Não sei se será com bloquete ou com asfalto, mas vai ser refeito. Porém, antes, vamos passar uma tubulação de esgoto. Depois, vamos refazer”, afirmou o representante da empresa. “Não adianta a gente asfaltar ou colocar bloquete agora e, depois, tirar novamente. Vai ser outro transtorno", ponderou. Luan Pinheiro informou, ainda, que o prazo previsto para a entrega da obra é final de fevereiro.
A Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan) disse, em nota, que o Conjunto Riacho Doce III, no bairro do Guamá, "encontra-se em obra sob responsabilidade do governo do estado". "Foi realizada a limpeza na rede de drenagem existente em toda a área em torno do conjunto, o serviço será mantido de forma periódica para melhorar o escoamento das águas pluviais até a conclusão da obra do conjunto."