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Na Terra Firme, ‘Pipaço’ marca ação contra o trabalho infantil

O ato simbólico foi promovido pelos coletivos Chalé da Paz e Tela Firme para os moradores do bairro, em prol da prevenção ao trabalho infantil

Thainá Dias

Sensibilizar e proporcionar uma reflexão da sociedade sobre o trabalho infantil, na ênfase dos direitos das crianças e dos adolescentes, é o objetivo do Dia Nacional contra a Trabalho Infantil. Celebrado em 12 de junho, a data foi instituída pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), desde 2002. No Brasil, o dia é celebrado pela Lei Nº 11.542/2007.


Por isso, dizer não ao trabalho infantil é a principal missão do projeto “Pipaço: Contra o Trabalho Infantil”, promovido na manhã deste sábado, 10, pelos coletivos da Terra Firme, Chalé da Paz e Tela Firme. O projeto é realizado há três anos para os moradores do bairro e em torno e tem como principal intuito levar conscientização para a população sobre a importância dos estudos e do lazer na vida das crianças.

Josy Louzeiro, uma das coordenadoras do projeto afirma que o projeto é realizado há três anos, pela compreensão e percepção de se tratar de um local de vulnerabilidades social, que automaticamente atinge as crianças. “Nós realizamos um trabalho em que debatemos temas de uma maneira que elas consigam entender essa realidade e temos grandes eventos como o ‘Pipaço’”, explicou.

Josy explica que a pipa é uma forma de chamar atenção das crianças. “É algo que eles gostam bastante, então vamos para a rua, escrevemos frases de conscientização nas pipas e a partir disso, temos a recreação que é o que eles mais gostam de fazer”, destacou. Cerca de 60 a 80 crianças passam por esse projeto. “Todo ano a gente espera um quantitativo e sempre vem além, porque uma criança vai chamando a outra”.

O pequeno Vinicius Rosa, morador do bairro da Terra Firme e uma das crianças presentes no Pipaço, surpreendeu com o comentário. “O meu grande sonho é ser jogador de futebol, mas eu sei que estudar é muito importante na caminhada para essa realização”, comentou. Segundo especialistas da área da saúde, o trabalho infantil expõe crianças e adolescentes à consequências negativas como fadiga, desidratação, lesões musculares, problemas de desenvolvimento, contato com álcool e outras drogas, além de deixá-las vulneráveis à violência sexual e outros tipos de exploração e abusos.

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